A ressignificação dos programas de escrita inventada por professoras alfabetizadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Natália Marcelino Dutra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação e Docência
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/77862
Resumo: Nos últimos anos, os estudos sobre Programas de Escrita Inventada (PEIs) têm se destacado na educação devido à sua relevância na compreensão do processo inicial de alfabetização e à sua abordagem metodológica. Essas pesquisas proporcionam às crianças a oportunidade de produzir registros escritos com a devida mediação pedagógica, além de refletir sobre a relação oral/escrito. Observam-se resultados positivos com essas intervenções de acordo com Albuquerque; Martins (2018); Lanza (2018); Monteiro; Montuani; Macêdo (2019) Reis (2015). Esta pesquisa busca entender como as professoras do primeiro ano do Ensino Fundamental percebem os PEIs e suas adaptações nas salas de aula. Para alcançar este objetivo geral, fez necessário traçar alguns objetivos específicos, como i) identificar a percepção das professoras sobre as dinâmicas dos PEIs, sobre a organização das crianças, sobre a seleção de palavras, sobre o acompanhamento e o planejamento da escrita inventada na rotina da sala de aula; ii) verificar se o conhecimento dos PEIs amplia a concepção de aprendizagem e reflexão pedagógica na alfabetização; iii) identificar dúvidas, tensões e possibilidades apresentadas pelas professoras em relação aos PEIs. Para amparar teoricamente este estudo, o referencial inclui estudos sobre aprendizagem inicial da escrita, como Ferreiro; Teberosky (1999) e Soares (2020), sobre escrita inventada de Soares (2016), Almeida (2014); Martins et al. (2015) e sobre a importância das interações e mediações na aprendizagem conforme Vygotsky (1987). É importante ressaltar que a pesquisa envolveu questionários para as professoras do primeiro ano do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Belo Horizonte e um grupo focal com sete professoras da mesma rede para identificar suas percepções sobre os PEIs. Os resultados indicam que as professoras utilizam a escrita inventada para diagnóstico e reflexão metalinguística, organizando as crianças ora individualmente, em outros momentos em grupos grandes, em pequenos grupos ou em duplas. Além disso, observou-se que as profissionais valorizaram o conhecimento dos princípios dos PEIs, indicaram que eles impactaram as suas práticas e revelaram que alguns deles são também orientadores da prática de alfabetização no contexto escolar. Outro ponto importante é mencionar as condições como estrutura física da sala, quantidade de alunos e diferentes hipóteses de escrita, que são levantadas como desafios para atividades de escrita inventada. Os resultados foram sintetizados em um vídeo educacional, voltado à formação continuada de professoras alfabetizadoras.