Avaliação clínica, hematológica e do equilíbrio ácido-base e eletrolítico de bezerros inoculados com Eimeria Zuernii tratados ou não com monensina sódica
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/49301 |
Resumo: | A eimeriose bovina é uma doença do sistema digestivo causada por coccídeos do gênero Eimeria spp. É uma patologia de alta prevalência em rebanhos do mundo todo, podendo infectar, em alguns casos, 100% dos animais. Por este motivo, a eimeriose pode acarretar grandes perdas econômicas, tanto pela morte quanto pela queda de potencial produtivo dos animais doentes, além dos custos adicionais com o tratamento. Embora os medicamentos coccideostáticos sejam amplamente utilizados para controle e prevenção dessa doença, pouco se sabe a respeito das implicações do seu uso nos parâmetros hemogasométricos e de hemograma em bezerros jovens. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da administração de monensina sódica na alimentação de bezerros, inoculados com Eimeria zuernii, sobre os parâmetros clínicos, hemogasométricos e de hemograma ao longo dos 10 primeiros dias de eliminação de oocistos pelas fezes. Foram coletadas amostras de fezes e sangue dos animais em cinco momentos distintos, durante a fase patente da doença, sendo esses materiais submetidos a análises laboratoriais pertinentes. A administração de monensina sódica diminuiu a eliminação e contagem de oocistos por grama de fezes em relação ao grupo controle (p<0,05), assim como, evitou o aumento dessa contagem durante os momentos analisados. Adicionalmente, preveniu o aumento da temperatura corporal (p<0,05), do escore de fezes, do escore de comportamento e das frequências cardíacas e respiratórias. Por diminuir a gravidade do quadro de diarreia nos bezerros, a administração de monensina sódica a estes animais evitou a queda do pH sanguíneo, a diminuição da concentração sérica de HCO3-, TCO2 e PCO2 e a diminuição do excesso de bases (p<0,05). Não houve alterações nos valores desses parâmetros ao longo dos cinco momentos analisados, no grupo tratado (p>0,05). Além disso, o medicamento impediu a queda nas concentrações plasmáticas de Na+ e Ca++, e o consequente aumento do K+ (hipercalemia eelativa) (p<0,05). A monensina sódica evitou ainda alterações nos parâmetros de eritrograma (Hct, Hgb, VCM, HCM, CHCM e RDW), bem como impediu, indiretamente, o aumento da contagem total de macrófagos e eosinófilos, por diminuir a carga infectante do coccídeo estudado, quando se comparou o grupo tratado e não tratado (p<0,05). Por fim, os bezerros inoculados com Eimeria zuernii e tratados com monensina sódica foram menos frequentes, de forma geral, em apresentar parâmetros fora do limiar fisiológico nas variáveis estudadas quando comparados com os bezerros não tratados (p<0,05). |