Territorialidades infantis na ocupação Rosa Leão (Belo Horizonte - MG)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/47024 |
Resumo: | Esta tese tem como objetivo analisar experiências infantis na ocupação Rosa Leão, uma das ocupações de terrenos da Região da Izidora, localizada em Belo Horizonte (MG). Trata-se de uma continuidade da pesquisa de mestrado que evidenciou a centralidade das crianças no discurso pela defesa do direito de famílias à moradia digna. Partindo do campo dos estudos da infância, a pesquisa se apoiou em duas estratégias metodológicas: (i) observação participante de um grupo de cerca de 15 crianças moradoras da ocupação Rosa Leão, de 02 a 14 anos de idade, realizada entre julho e dezembro de 2019; e (ii) entrevistas com famílias, coordenadoras locais e agentes sociais dos equipamentos públicos localizados no entorno da mesma ocupação, realizadas entre novembro de 2020 e abril de 2021, no contexto da pandemia da Covid-19. A análise dos dados observou os seguintes aspectos: (i) as ocupações urbanas enquanto movimento de resistência; (ii) a constituição de territorialidades infantis na ocupação por meio do brincar revolucionário; (iii) a autonomia e a liberdade de circulação de crianças para acessar direitos; e (iv) o protagonismo feminino e negro nas ocupações e as trajetórias de luta das famílias. A discussão não se pautou em uma única matriz teórica, mas revelou escolhas a partir da empiria e em afinidade com referenciais do chamado Sul global, buscando tensionar uma concepção hegemônica e universal de infância. Dois caminhos também se mostraram essenciais: (i) a adoção de uma abordagem relacional, que considera a criança inserida em relações intergeracionais; e (ii) a (re)aproximação com os estudos feministas, com destaque para a categoria do cuidado, evidenciado nas práticas das mulheres negras e das crianças que protagonizam esse movimento de resistência. |