Alguns determinantes biológicos e sociais relacionados com a qualidade da água consumida pela população de Igarapé -MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Roberto Eustaquio Righi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8R4NW2
Resumo: Com o objetivo de avaliar a qualidade bacteriológica das águas consumidas pelas populações dos setores urbano-central, urbano-periférico e rural do município de Igarapé ­ Minas Gerais, foram analisadas 120 amostras, sendo 60 colhidas na entrada do domicílio e 60 após armazenamento/filtração. Os resultados evidenciaram que, 14,75% das 80 amostras de águas de abastecimento público (tratadas), colhidas nos setores urbano­central e urbano­periférico foram consideradas não potáveis, segundo a legislação, sendo 10% referentes a 40 amostras colhidas na entrada do domicílio e 19,5% das restantes após armazenamento/filtração. Com relação ao meio rural 25 das 40 (62,5%) amostras de água de poços/nascentes foram consideradas não potáveis segundo critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo 80,0% relativas a amostras colhidas na fonte e 45,0% após filtração domiciliar. A análise do residual de cloro realizada em 10 domicílios da área urbano-central e 10 da área periférica, na primeira etapa do trabalho (agosto de 1986) apresentou resultados negativos, tanto na entrada do domicílio, quanto após armazenamento/filtração. Na segunda etapa (abril de 1987) 19 das 20 amostras examinadas na entrada do domicílio apresentaram níveis satisfatórios de cloro residual (0,1 a 0,4 mg/l). No entanto, nas amostras colhidas após armazenamento/ filtração não foi detectada a presença de cloro. Esses resultados indicam que houve falhas no processo de tratamento/distribuição das águas de abastecimento público, bem como falta de conhecimento/negligência dos moradores que utilizam águas tratadas, no que se refere aos cuidados higiênicos no armazenamento das mesmas. Foram entrevistados 60 moradores pertencentes aos três estratos para se verificar o grau de conhecimento quanto a qualidade da água, o nível de participação na discussão dos problemas de saúde da comunidade e a identificação de algumas variáveis sócio-econômicas. Os indicadores sócio-econômicos pesquisados podem ser considerados em níveis muito baixos chegando a alcançar em média na área rural 83,0% dos indivíduos, sem escolaridade ou com escolaridade primária incompleta. A renda familiar média foi de 2,1 salários mínimos regionais, sendo no entanto, de 1,0 salário mínimo regional, em média, na zona rural. Embora não analisados do ponto de vista estatístico estes indicadores provavelmente guardam relação com os problemas e atitudes dos moradores em relação ã qualidade da água consumida. Quanto ao conhecimento sobre a qualidade da água , verificou­se quase sempre, atitude passiva, mesmo quando a água apresentava modificações físico-químicas aparentes