Avaliação da correlação do peptídeo natriurético cerebral (BNP) com o balanço hídrico acumulado em pacientes internados em unidade de cuidados intensivos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/43412 |
Resumo: | Introdução: A administração de fluidos intravenosos é um dos pilares terapêuticos para a ressuscitação do paciente criticamente enfermo. Devido à ausência de métodos acurados para a estimativa da volemia desses pacientes, a sobrecarga volêmica tende a ser uma realidade. Na maior parte, o balanço hídrico acumulado (BHA) é detectado de forma tardia, implicando em piora prognóstica. O peptídeo natriuético cerebral (BNP) é um biomarcador secretado pela distensão das fibras miocárdicas com o intuito de promover natriurese, em situações de provável acúmulo volêmico. Considerando esse racional, objetivou-se neste estudo avaliar a correlação do BNP mensurado nos primeiros dias de internação com o BHA em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Métodos: Realizou-se um estudo transversal de dois pontos, unicêntrico numa UTI clínica e pós-operatória de um hospital de Belo Horizonte/Minas Gerais. Foram incluídos pacientes adultos com previsão de internação na unidade por 48h ou mais e que não apresentassem insuficiência cardíaca descompensada ou disfunção renal grave à admissão. Foram coletados dados demográficos gerais, variáveis para escores prognósticos e dois BNPs: um à admissão (D0) e outro no segundo dia (D2) após a primeira coleta, além do somatório do balanço hídrico das primeiras 48 horas de internação, gerando o BHA. Aplicou-se o teste de Spearman para avaliar a correlação entre a variação do BNP e do BHA, como desfecho primário. Resultados: Foram incluídos 57 pacientes, predominantemente idosos [69 anos (IIQ 25-75%: 59-78anos)] e distribuição semelhante entre os sexos (51%, masculino). Observou-se uma correlação negativa entre a variação do BNP e o BHA, de fraca associação e sem significância estatística (r= -0.024, p=0,857). A correlação entre o BNP do D0 e o BHA foi positiva, porém de fraca associação e não significativa (r= 0.083, p=0,539). Sobre à associação entre o BNP do D0 e o SOFA das primeiras 48h de internação ocorreu uma correlação positiva, de fraca associação, porém de maneira significativa (r= 0.381, p=0,003). Já com relação à mortalidade em UTI, ela foi mais elevada no subgrupo do BNP do D0 superior a 101.5pg/ml (4 vs. 9 óbitos, p=0,123). Conclusão: Em pacientes críticos de causa não cardíaca ou por disfunção renal grave com previsão de internação em UTI por 48h ou mais, não ocorreu correlação entre a variação do BNP mensurada no início da internação com o BHA desse período. |