A imagem conceitual: uma contribuição ao estudo da arte contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ronan Cardozo Couto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/JSSS-8SYQEV
Resumo: O estudo que realizamos sobre a imagem conceitual buscou revelar uma categoria de arte, presente na arte contemporânea dos anos 1960 e 1970, que até agora não havia sido devidamente percebida. A imagem conceitual é um tipo de imagem em que se visualizam conceitos, dá visibilidade às idéias em arte e por isso é obra, e não apenas registro.Identificamos os primeiros acontecimentos ainda na primeira metade do século XX, a começar pela reflexão que Walter Benjamin fez sobre a obra de arte e a reprodutibilidade técnica, e pela postura de Marcel Duchamp diante da industrialização da imagem de arte, produzindo a primeira imagem conceitual, Rrose Sélavy, em 1920.Em seguida, deparamo-nos com o fato de que essa nova dimensão imagética da arte exigia uma dimensão museal, também imagética, que foi proposta, quase ao mesmo tempo, por Marcel Duchamp e sua obra Caixa Valise, e por André Malraux e sua idéia de Museu Imaginário.Mas foi na segunda metade do século XX, que se formou o contexto apropriado para a expansão da imagem conceitual, contexto este evidenciado pelo pensamento plástico de Marcel Duchamp em sua obra Sendo Dados (...) e pela reflexão enunciada por Guy Debord sobre a Sociedade do Espetáculo. O texto de Debord e a última obra deDuchamp forneceram elementos importantes para uma melhor compreensão daquele momento histórico em que a categoria imagem conceitual floresceu.Para constatar esse florescimento, investigamos um conjunto de obras de artistas contemporâneos que usaram o corpo e a paisagem na realização das suas obras. Eles produziram imagens de suas ações, intervenções e proposições, e apresentaram essas imagens como obras de arte.