Voto dos evangélicos em Bolsonaro em 2018 : identidade, valores e lideranças religiosas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA Programa de Pós-Graduação em Ciência Política UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/49217 |
Resumo: | Esta tese é um conjunto de três artigos sobre o voto dos evangélicos em Bolsonaro em 2018. Em cada um dos artigos (capítulos) exploro uma das dimensões da religiosidade dos eleitores, compreendida pela abordagem dos 3 Bs (belonging, behavior e beliefs). No primeiro capítulo, encontro que a identidade evangélica é um determinante do voto, como já demonstrado pela literatura, mas seu efeito varia conforme o sexo e a cor dos eleitores. As evangélicas pretas não votam da mesma forma que os evangélicos brancos. Esse efeito ocorre mantendo constante variáveis socioeconômicas, o que nos leva a pensar em possíveis outros fatores identitários que cruzam com a identidade evangélica, como a identidade de gênero e racial. No segundo capítulo, testo em que medida a tese da “afinidade conservadora” ajuda a compreender o voto desse grupo em um candidato de extrema direita e com inclinações autoritárias. Os resultados indicam que a rejeição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo foi um fator importante ao passo que o aborto não. Apesar disso, o efeito da rejeição ao casamento homo afetivo não foi tão forte, indo na contramão da tese de que o voto evangélico em Bolsonaro se deu por causa do forte conservadorismo desse grupo. Porém, os resultados exigem parcimônia devido à limitação dos dados. Por fim, o terceiro capítulo examina o papel desempenhado pelas lideranças religiosas nesse voto. Os resultados deste capítulo apontam que evangélicos pentecostais e tradicionais estiveram mais expostos às propagandas políticas pró-Bolsonaro em 2018, mas o hábito de frequentar cultos não é um determinante para que estejam mais expostos do que seus pares da mesma religião. Por outro lado, o eleitor pentecostal mais interessado por política está mais exposto à essas mensagens, embora não haja diferença entre os evangélicos tradicionais. Com relação as mensagens religiosas, estas apresentaram efeito apenas para os pentecostais, mas não para os evangélicos tradicionais. |