A suspensão da adolescência : efeitos psíquicos do distanciamento social na pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Júlia Freire Buére Green
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/76777
Resumo: Esta dissertação é fruto de uma pesquisa que teve como objetivo investigar os efeitos do distanciamento social na pandemia de COVID-19 na travessia da adolescência. Tal problemática surgiu de um trabalho realizado com adolescentes em uma escola pública, a partir da demanda da própria escola. Em reunião com os educadores, estes descreveram as dificuldades apresentadas pelos alunos no retorno às atividades presenciais. Dentre as dificuldades, destacam-se as manifestações de sofrimento psíquico no espaço escolar, como depressão e ansiedade, os conflitos interpessoais, o desinteresse pelo processo de aprendizagem e o aumento do número de faltas, além dos entraves na passagem da infância para a adolescência. Como método de pesquisa e intervenção, utilizou-se a metodologia de conversação, com o propósito de ofertar aos adolescentes um espaço para a palavra. A escuta desses sujeitos indicou a importância do espaço físico da escola para o convívio social e a aprendizagem escolar. A pesquisa evidenciou a importância de encontros físicos, corpo-acorpo, para a entrada na adolescência, entendida como processo psíquico e social que implica o desligamento das figuras parentais e a inserção no laço social. Este trabalho, portanto, aponta para a importância da oferta de espaços para a palavra para o tratamento da alteridade com que os sujeitos são confrontados especialmente no despertar da puberdade.