Monstrosity and masculinity in modern American horror fiction
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FALE - FACULDADE DE LETRAS Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/45627 |
Resumo: | Representações de masculinidades e monstruosidades na ficção moderna de horror nos Estados Unidos sugerem uma interação constante e recíproca entre homem e monstro. Seja ao estabelecer oposição ou ao uni-los em uma só entidade a ser erradicada, o horror moderno estadunidense revela feridas de masculinidade que se tornam tão expostas quanto os monstros que simbolizam o mal mais intangível. A ficção pulp de horror do início do século XX retrata homens como figuras protetoras que travam batalhas contra ameaças a identidades modernas de cunho nacional, racional e sexual. Apesar disso, nota-se agora que são heróis falidos cuja perspectiva reducionista alimenta os próprios monstros dos quais juram nos proteger. Já no meio do século, as ansiedades expressas através de histórias de apocalipse e de casas mal-assombradas já antecipam o tom que caracteriza o horror estadunidense após a década de 1970, quando leitores são advertidos das ameaças oriundas da própria pátria. Os lares dos Estados Unidos, bem como seus restaurantes, escolas, corporações, cidadezinhas, ou até mesmo seus carros e hotéis de beira de estrada—eles se tornam residências para aberrações ou transformam-se nos próprios monstros, ganhando a função de signos para manifestações de males políticos. Monstros emergem das mesmas instituições que nutrem um sonho americano já arruinado, muitas das quais, por sua vez, são nutridas por formas tradicionais de masculinidade. Já na virada para o século XXI, novas políticas de gênero fomentam retratos de masculinidades não tradicionais como não monstruosas. Vários desses projetos, contudo, replicam padrões em reafirmação de políticas do século anterior. Cem anos de literatura de horror traçam um caminho em que heróis viris mas xenófobos dão lugar a homens capazes de olhar para casa e reconhecer as imperfeições brotando em solo americano. Todavia, parece não haver consciência ou autorreferência capazes de estancar as feridas da masculinidade, feridas cuja natureza, também típica aos monstros, é sangrar em alerta. |