Literatura e biblioteca em Jorge Luis Borges e Italo Calvino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Maria Elisa Rodrigues Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8RWLF3
Resumo: Esta tese propõe uma reflexão sobre as obras de Jorge Luis Borges e Italo Calvino pelo viés da relação entre literatura e biblioteca. Tendo como referencial teórico-metodológico a complexidade e as teorias de rede, traça-se um percurso reticular pelas produções dos dois escritores, sejam elas ficcionais, ensaísticas ou autobiográficas, tecendo junto a eles um pensamento que tem na biblioteca tanto um emblema literário produtivo quanto uma metáfora para o tipo de escrita por eles efetivada. A literatura de ambos é percebida, desse modo, como um conjunto de textos ancorado na tradição, mas voltado para o futuro e para a mobilidade do conhecimento. Recorrendo aos estudos sobre o colecionismo - em especial ao pensamento de Walter Benjamin - e sobre o arquivo - centrando-nos nos textos de Jacques Derrida sobre o assunto -, chega-se à biblioteca como a figura fronteiriça que melhor aproxima a reflexão sobre a acumulação, a memória, a tradição, a crítica e o saber da literatura: ao fazer de suas obras bibliotecas, ao constituí-las como tal, Borges e Calvino reforçam o papel político da literatura e apontam caminhos para que se pense a relação entre a mesma e os processos de produção de conhecimento.