Interiores de casas residenciais em Belo Horizonte: a década de 1950
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9ADG96 |
Resumo: | Resultado de expectativas, experiências e possibilidades, a casa é o que seu habitante faz dela. É sua leitura do mundo interpretada sob a forma arquitetônica, os elementos decorativos e materiais de acabamento. Móveis, adornos e utensílios, dentre outros artefatos que conformam, constituem e adornam os ambientes internos da habitação, também representam o que pensam seus moradores, e em que medida vivenciam, ou não, o mundo exterior. Nesse tocante, este trabalho se constitui como um estudo dos modos de vida no mundo privado, numa cidade construída com o propósito de ser vista como moderna. Através da análise da decoração dos ambientes internos das casas residenciais de famílias da elite econômica e intelectual em Belo Horizonte, durante a década de 1950, pretendemos verificar interações, ou não entre os ritmos de vida pública e privada. Para tanto, no primeiro capítulo tratamos de apresentar e discutir aspectos relacionados aos modos de viver no espaço doméstico em Belo Horizonte, especialmente nos anos 50, quando novos conceitos de modernidade tomavam as ruas da cidade e os corredores das casas residências. No segundo capítulo passamos à reflexão de evidências que demonstram o maior interesse da população urbana pela decoração de ambientes domésticos. Mais do que isto, buscamos demonstrar que, como conseqüência da idéia de modernidade vigente no século XX, a prática da decoração de ambientes deixou de ser compreendida como simples ornamentação do espaço edificado, passando a ser entendida como o planejamento da ocupação e do uso dos espaços e dos artefatos que conformam uma casa urbana como tal. Em meio a diversidade da produção industrial, visando promover as relações de convívio e o bem-estar dos ocupantes de uma edificação, a prática da decoração de ambientes passou a exigir profissionais especializados no assunto. Tal exigência favoreceu a instalação de cursos de decoração, dentre eles o de bacharelado, hoje denominado Design de Ambientes, oferecido na Escola de Design da UEMG, há 50 anos. Finalmente, no terceiro capítulo nos propomos explicitar o apelo e a condição de ser moderno para a elite econômica e intelectual na década de 1950. Para isto, consideramos a hipótese que o teor das matérias veiculadas nas revistas Acrópole, Arquitetura e Engenharia e Casa e Jardim, fontes desta pesquisa, certamente era direcionado para setores da sociedade que tinham condições econômicas para adquirir as inovações tecnológicas. Conhecidas as tendências para a decoração de ambientes domésticos na década de 1950, tratamos de apresentar e descrever os interiores de casas residenciais, publicados na revista Arquitetura e Engenharia, de maneira a verificar em que medida os moradores de Belo Horizonte consumiram, apropriaram, adaptaram e/ou rejeitaram as novas propostas para o ambiente doméstico na década de 1950. |