A transposição do Rio São Francisco: impactos regionais e setoriais da oferta hídrica, custos de operação e alternativas de custeio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Diego Nobuhiko Miyajima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
Programa de Pós-Graduação em Economia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/72635
Resumo: Esta tese investiga os impactos econômicos do aumento da oferta hídrica resultante do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF) na região do Semiárido do Nordeste brasileiro no período de 2023-2040. Para tanto, este trabalho adotou um modelo de Equilíbrio Geral Computável (EGC) regional construído para o Semiárido do Nordeste brasileiro e as regiões beneficiadas pelo PISF, incorporando água como insumo produtivo. O modelo resultante possui 22 regiões (composto por 16 regiões beneficiadas pelo PISF e mais 6 regiões restantes do Brasil) e 41 setores, dando maior ênfase aos cultivos mais relevantes do Nordeste. Os cenários analisados foram três: Cenário 1, aumento da oferta hídrica pelo PISF; Cenário 2, cobrança pelo uso de recursos hídricos fornecidos pelo PISF, junto com os efeitos do Cenário 1; Cenário 3, aumento do consumo do governo com o fim do custo da operação do PISF, junto com os efeitos dos Cenários 1 e 2. Os resultados das simulações indicam que o aumento da disponibilidade hídrica no Semiárido do Nordeste gera um crescimento positivo nos principais indicadores econômicos, porém esse efeito é modesto. Caso fosse implementada a cobrança pelo uso de água do PISF, os efeitos seriam negativos. Por outro lado, o aumento do consumo do governo com o fim do custo de operação do PISF geraria um maior crescimento nos principais indicadores econômicos, porém ainda modesto. Consequentemente, a expansão das áreas de lavoura e pasto seria pequena também. Em síntese, as simulações do modelo indicam que o aumento da oferta hídrica pela transposição por si só no Semiárido do Nordeste não geraria os benefícios esperados na economia para promover o desenvolvimento regional.