Levantamento de solos em sub-bacias hidrográficas como apoio para avaliação do uso da terra e da potencialidade da recarga de aqüíferos
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DCS - Departamento de Ciência do Solo UFLA BRASIL |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/3584 |
Resumo: | O conhecimento dos recursos naturais, especialmente solo e água, é necessário para uma melhor avaliação do potencial de uso das terras, fazendo com que essa exploração tenha bases sustentáveis, indicando o potencial e as limitações para o aproveitamento agrícola e não agrícola. Essa avaliação pode ser aprimorada com a aplicação do Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras, que além de indicar o potencial agrícola para diferentes tipos de uso, procura ainda atender a uma relação custo/benefício favorável sob os pontos de vista econômico e ambiental, considerando diferentes níveis de manejo num reconhecimento explícito de que os problemas atingem diferencialmente o grande e o pequeno produtor. Assim, este trabalho foi realizado com os objetivos de caracterizar e mapear os solos de duas sub-bacias hidrográficas da Bacia do Alto Rio Grande, MG; avaliar suas propriedades morfológicas, físicas e químicas, classificando-os segundo nomenclatura vigente; interpretar os atributos pedológicos para embasamento de estudo hidrológico voltado para recarga de aqüíferos; e avaliar a aptidão agrícola, o uso atual das terras e as Áreas de Preservação Permanente (APPs), verificando as áreas de conflito de uso. Na sub-bacia hidrográfica do Ribeirão Vista Bela, foram encontradas as seguintes classes de solos: Latossolo Vermelho-Amarelo (34,4%), Latossolo Vermelho (12%), Latossolo Amarelo (0,6%), Cambissolo Háplico (35%), Neossolo Flúvico (15,5 %) e Neossolo Litólico (2,3%). Os Latossolos ocorrem principalmente nas áreas de relevo ondulado e suave ondulado. Já os Cambissolos estão presentes principalmente em relevo forte ondulado e ondulado. Os Neossolos Litólicos ocorrem em relevo forte ondulado e os Neossolos Flúvicos em relevo plano de várzea. Os Latossolos e os Neossolos Flúvicos são os principais responsáveis pela recarga de aqüíferos, devido à maior permeabilidade, profundidade e posição favorável desses solos na paisagem. Foi constatado na área o predomínio da classe de aptidão 3(bc) (aptidão restrita para lavoura nos níveis de manejo B e C), representando 38,7% da área. As principais classes de solos encontradas na sub-bacia hidrográfica do Ribeirão Lavrinha foram: Cambissolo Háplico (92%), Neossolo Flúvico (7%) e Gleissolo Háplico (0,8%). Os Cambissolos estão presentes nas áreas de relevo acidentado, de onde material é removido por erosão geológica e se acumula nas várzeas, onde estão presentes os Neossolos Flúvicos e Gleissolos. Os Cambissolos são responsáveis pelo baixo potencial da recarga de aqüíferos nesta sub-bacia. Foi constatado o predomínio da classe de aptidão 5N (aptidão boa para pastagem natural), representando 58% da área. De maneira geral, os solos das duas sub-bacias apresentam baixa fertilidade natural e problemas com saturação por alumínio, tendo os ambientes de várzea sido os menos restritivos neste quesito. Para as terras que podem ser utilizadas para agricultura, os principais fatores limitantes foram a elevada declividade e baixa fertilidade natural, exigindo emprego de capital para que as terras alcancem seu máximo potencial produtivo de forma sustentável. As terras inaptas para a agricultura situam-se nas áreas de solos com pequena profundidade e relevo movimentado, muita pedregosidade e rochosidade. Ocorreu o predomínio da subutilização das terras, o que demonstra que elas poderiam receber um uso mais intensivo em relação ao seu uso atual. As áreas pertencentes às APPs têm diferenciados usos agrícolas, não ocorrendo a manutenção da vegetação nativa, conforme indicado por lei. Nestas áreas estão as terras com aptidão agrícola mais elevada. Com relação à recarga de aqüíferos, na sub-bacia do Ribeirão Lavrinha é necessário realizar a manutenção de uma eficiente cobertura vegetal, já que esta sub-bacia apresentou baixo potencial de recarga de aqüíferos de acordo com suas características pedológicas, enquanto que a situação na sub-bacia do Ribeirão Vista Bela é bem mais confortável. |