Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Gislaine Alves
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Orientador(a): |
Menini Neto, Luiz
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Banca de defesa: |
Ponzo, Andrea Pereira Luizi
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Furtado, Samyra Gomes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17017
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Resumo: |
Fica cada vez mais evidente que a destruição dos ambientes naturais e dos componentes bióticos e abióticos neles encontrados tem levado a uma significativa perda de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos que atinge, dentre outras espécies, a humana. Algumas medidas têm buscado mitigar esses efeitos deletérios, mas, nem sempre, encontram apoio político para serem executadas. Ainda que muitos estudos sobre biodiversidade venham sendo realizados no Brasil, sobretudo na Floresta Atlântica, que é um dos principais hotspots de biodiversidade do mundo, muitos locais permanecem subamostrados o que impede que tenhamos a real dimensão de nossa diversidade biológica. Conhecimento esse, que pode ser útil, não só no planejamento de estratégias conservacionistas, mas também como instrumento de pressão sobre os tomadores de decisões sobre políticas ambientais. Dessa maneira, o presente estudo, que faz parte de uma pesquisa mais ampla com o propósito de inventariar e analisar a flora epifítica em alguns pontos da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, teve por objetivos estudar epífitas vasculares em áreas de Floresta Estacional Semidecidual (FES), com lacunas de conhecimento. A escolha dessa tríade se deu pelos seguintes motivos: A Serra da Mantiqueira, que é uma das principais cadeias de montanhas do Brasil, devido a sua elevada biodiversidade e a prestação de relevantes serviços ecossistêmicos, como o fornecimento de água e alimentos, necessita de estudos pontuais em locais negligenciados, como é o caso da FES. Essa fitofisionomia ocupa uma grande extensão territorial, tem um importante papel na biodiversidade da Floresta Atlântica, mas, no entanto, costuma receber menos atenção do que as florestas pluviais. O mesmo ocorre com as epífitas vasculares, que formam um importante grupo de plantas, principalmente em florestas tropicais, desempenhando relevantes funções ecológicas, no entanto, mesmo havendo um crescente número de trabalhos no Brasil, ainda são menos estudadas quando comparadas ao componente arbóreo, por exemplo. Diante do exposto, no primeiro capítulo desse estudo nós apresentamos uma listagem de epífitas vasculares de um fragmento de FES, localizado no município de Itamarati de Minas, local em que até recentemente, não havia coletas botânicas sistemáticas. Os resultados confirmaram alguns padrões bem conhecidos na representatividade de famílias dessa sinúsia, mas com diferenças na distribuição de gêneros e espécies, indicando como a estrutura de uma FES pode influenciar na composição de comunidades epifíticas. Além disso, o local se destaca pela presença de espécies ameaçadas de extinção, outras consideradas raras em Minas Gerais e algumas registradas pela primeira vez nesse estado. No segundo capítulo, nós analisamos alguns parâmetros florísticos e ecológicos de comunidades epifíticas em três Unidades de Conservação compostas por FES, geograficamente próximas, mas inseridas em cotas altimétricas distintas (250 m, 500 m e 1200 m). Nós analisamos a distribuição vertical nos forófitos, similaridade, calculamos as frequências absoluta e relativa, e diversidade taxonômica (Δ+ e Λ+). A distribuição vertical demonstrou que a copa foi o estrato com o maior número de registros, enquanto as análises de diversidade taxonômica evidenciaram que, no geral, os locais estão em condições razoáveis de conservação. Já a análise de similaridade revelou que apenas duas espécies foram compartilhadas pelas três áreas, reforçando a singularidade das comunidades epifíticas. Nossos resultados ofereceram mais uma contribuição para o conhecimento da flora da Serra Mantiqueira, reforçando a necessidade e a importância da realização de estudos direcionados a locais com défcit de amostragem de dados biológicos. |