Literaturas de periferia no Brasil e na França: tradução de ecos e dissonâncias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Resende, Letícia Campos de lattes
Orientador(a): Faria, Alexandre Graça lattes
Banca de defesa: Barreto, Carolina de Oliveira lattes, Bonnet, Véronique lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9218
Resumo: Esta dissertação propõe uma análise relacional, baseada no princípio de uma “teoria da tradução” (SANTOS, B., 2017 [2004]), de obras pertencentes a literaturas contemporâneas de periferias brasileiras e francesas. Partimos da hipótese de que os espaços periféricos no Brasil e na França, embora se diferenciem por circunstâncias de constituição histórica, social, econômica e política, se aproximam pelo enfrentamento de problemas advindos de uma ordem mundial compartilhada – ainda que enfrentada de maneiras diferentes – por vários países ao redor do mundo. A própria formação e o empobrecimento das periferias mundiais, tornados mais evidentes pelos processos de favelização (DAVIS, 2006) no hemisfério sul e pela importação de mão de obra barata, sobretudo, durante o pós-guerra, no hemisfério norte, apontam para uma possível abordagem de questões similares nessas duas literaturas: a marginalização do sujeito periférico, o racismo institucional, a precarização das condições de vida etc. Uma vez que ambas as literaturas aqui estudadas, principalmente em suas fases iniciais, são marcadas pela denúncia da invisibilidade do sujeito periférico e pelo desejo autoral de autorrepresentação, propomos analisar, a partir de um corpus de pesquisa diverso, que inclui textos em prosa, narrativas cinematográficas e teatrais, manifestos, de que modo são pensadas as políticas de representação que orientam a construção de imaginários narrativos sobre as comunidades e os sujeitos periféricos nas literaturas aqui estudadas.