Postectomia clássica versus dispositivo plástico: identificando e gerenciando custos operacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Izabela Palitot da lattes
Orientador(a): Bastos Netto, José Murillo lattes
Banca de defesa: Nobre, Yuri Túlio Dantas Andrez lattes, Castro, Edna Barbosa de lattes, Salimena, Anna Maria de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2076
Resumo: Introdução: O tratamento cirúrgico para fimose consiste na remoção do prepúcio que recobre a glande. Este é realizado utilizando-se a técnica clássica e a técnica com uso dispositivo plástico. Como a realização do procedimento implica em custo, cada vez mais crescente e com recursos escassos para a saúde pública este estudo objetivou identificar o custo final entre as técnicas de postectomia, avaliando e comparando a variação do consumo de insumos, do custo operacional e do custo relacionado às complicações no pós-operatório. Pacientes e métodos: Neste estudo prospectivo randomizado foram incluídos 56 meninos de 02 a 13 anos submetidos à postectomia clássica ou postectomia por dispositivo plástico. Os sujeitos do estudo foram divididos em dois grupos: técnica clássica (C) e dispositivo plástico (P) e foram acompanhados desde a admissão hospitalar até a alta ambulatorial no 60º dia de pós-operatório. A técnica anestésica foi padronizada e todos os pacientes foram submetidos à sedação inalatória e bloqueio do nervo dorsal do pênis. Foi identificado e avaliado todo o consumo de insumos (material e medicamento) no trans e pós-operatório imediato e tardio. Após, os dados foram contabilizados somando-se ás taxas hospitalares e à consulta ambulatorial. Resultados: O grupo é homogêneo quanto ao peso das crianças. O tempo empregado para a realização de postectomia no grupo C foi maior que o tempo para o grupo P (p= 0,001). Para o tempo de queda dos pontos da incisão cirúrgica e do dispositivo plástico não se observa diferença entre os grupos (p=0,605). O custo trans-operatório (ato cirúrgico e sala Recuperação Pós Anestésica) é maior no grupo P (R$316,0 ± 9,3) que no grupo C (R$310,4 ± 9,5) (p= 0,0005. Durante o pós-operatório tardio o custo de insumos (materiais e medicamentos) e consulta em ambulatório especializado de urologia pediátrica foi semelhante entre os grupos. Quando analisamos o custo total entre o grupo C (R$341,9 ± 9,5) e P (R$347,5 ± 9,2) observamos que o custo da postectomia por dispositivo plástico é significantemente maior (p = 0,0008). Não houve diferença entre o custo relacionado às complicações. Conclusão: As técnicas de postectomia clássica e por dispositivo plástico oferecem a mesma eficácia no tratamento da fimose. A postectomia clássica teve um custo menor, porém o gerenciamento de custos não deve levar em conta apenas o procedimento de menor valor, pois no caso da postectomia, a técnica de maior custo utiliza a sala cirúrgica por tempo menor, o que possibilita agendamento de maior número de procedimentos por sala, ou seja, maior otimização.