Efeitos imunomodulatórios do tratamento “in vitro” com o ácido copálico e o óxido baccharis sobre culturas de células primárias de camundongo C57BL/6

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bahia, Bruno Damasceno lattes
Orientador(a): Corrêa, José Otávio do Amaral lattes
Banca de defesa: Franchini, Rômulo Augusto de Abreu lattes, Pereira Júnior, Olavo dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00020
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13877
Resumo: INTRODUÇÃO: O sistema imunológico apresenta funções essenciais para a manutenção da homeostase no organismo. Quando este sistema não atua devidamente, podem ocorrer respostas imunológicas inapropriadas, e, consequentemente, o surgimento de doenças. A resposta imunológica pode ser modulada através de medicamentos tradicionais, como os anti-inflamatórios, imunossupressores e imunomoduladores não esteroidais e os esteroidais. Contudo, estes estão associados a altos custos no tratamento e a ocorrência de efeitos adversos, por vezes graves. Neste cenário, substâncias oriundas de produtos naturais poderiam ser uma alternativa, dada sua forma barata de obtenção, eficácia e segurança comprovadas, na maioria das vezes. O extrato de espécies do gênero Baccharis e o óleo-resina das copaíbas apresentam efeitos anti-inflamatórios, conforme descrito na literatura, e, deste modo, a descoberta de quais substâncias apresentam este efeito isoladamente poderia permitir o desenvolvimento de medicamento no futuro. OBJETIVO: Avaliar os efeitos imunomodulatórios in vitro do ácido copálico (AC) e do óxido baccharis (OB) sobre células obtidas de camundongos C57BL/6. MATERIAL E MÉTODOS: O AC e o OB, previamente isolados, tiveram sua citotoxidade avaliada nos ensaios de MTT e azul de Tripan. Após verificar a viabilidade celular, o AC e o OB foram testados em diferentes concentrações em cultura de celulas peritoneais estimuladas com lipopolissacarideo para avaliar a produção de óxido nítrico (NO) e das citocinas IL-1β, IL-6, IL-12, IFN-, TNF-α; e sobre cultura de esplenócitos estimulados com concanavalina A para avaliar a proliferação celular. RESULTADO: No teste de viabilidade celular do MTT, não se observou toxicidade do AC nem do OB nas concentrações de 100, 75, 50, 25 10 e 5 μM após 24 e 48 horas de exposição das células peritoneais às substâncias. No teste de viabilidade do azul de Tripan, realizado nos tempos de 24 e 48 horas ambas substâncias mostraram ser seguros nas dosagens entre 50 e 75 µM, mostrando, portanto, toxicidade à 100 µM. No ensaio de proflieração celular, o AC apresentou inibitória sobre os esplenócitos nas concentrações de 75 e 50 µM. No ensaio do nitrito, somente o AC na concentração 75 µM foi capaz de reduzir a produção de NO pelas células peritoneais. Na determinação de citocinas por ELISA nas células peritoneais estimuladas e tratadas, o AC foi capaz de reduzir a produção de IL-1β e IL-6 na concentração 75 μM, IL-12 nas concentrações 75 e 50 μM, mas não apresentou efeito sobre IFN-γ e TNF-α, em 7 relação ao grupo controle. O OB não reduziu a produção de nenhuma das citocinas investigadas. CONCLUSÃO: O AC apresenta potencial atividade imunomodulatória e muito provavelmente é um dos compostos presentes no óleo de copaíba responsável pelo seu efeito anti-inflamatório. O OB não apresentou potencial anti-inflamatória e muito provavelmente não contribui para esta atividade do seu extrato. Contudo novos estudos devem ser realizados para aprofundar em seu claro mecanismo de ação