Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Ramsés Albertoni
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Orientador(a): |
Musse, Christina Ferraz
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Banca de defesa: |
Leal, Paulo Roberto Figueira
,
Laranjeira, Álvaro Nunes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11629
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Resumo: |
A pesquisa investiga as ruínas e os rastros discursivos, cujas formas narrativas foram capazes de se entranhar pelas frestas dos discursos hegemônicos e escaparem ao seu controle, e se articula em duas frentes complementares, História e Comunicação, cujas “afinidades eletivas concernem à reflexão acerca das instâncias de interlocução, aos limites e às possibilidades do diálogo entre duas epistemologias. Resgata-se, por meio de informações recolhidas em periódicos, processos jurídico-militares, relatórios das Comissões da Verdade no Brasil, depoimentos cedidos à Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora, arquivos do DOPS-MG e do DEOPS-SP, além dos arquivos do governo dos EUA, parte da história de resistência à ditadura civil-militar de 1964 no Brasil, por parte de militantes políticos na cidade de Juiz de Fora, durante as décadas de 1960 e 1970. Esses indivíduos construíram pequenas redes colaborativas de informação, constituídas por manuscritos, cartas, bilhetes, panfletos e jornais clandestinos na tentativa de romper o cerco da censura e do arbítrio, enfrentando, inclusive, o silenciamento da imprensa. Identificam-se as estratégias discursivas utilizadas pela imprensa e pelas produções clandestinas para narrar os acontecimentos, interpretando quais foram os critérios utilizados para divulgar ou ocultar os fatos, pois analisar o papel desses discursos durante o período da ditadura civil-militar é procurar estabelecer um diálogo com a memória de uma época conturbada. Por conseguinte, foi necessário mapear as relações sociais, suas reconfigurações e suas diferentes formas de produção, avaliando seus impactos na produção, circulação e consumo de notícias, estabelecendo os fatos e agenciando a construção de um sentido do passado no presente, garantindo a problematização e a inteligibilidade das representações do passado que perduram na memória coletiva e que ajudaram a consolidar certas narrativas em detrimento de outras. Por meio da análise dos jornais clandestinos O Porrete e Luta, que circularam em Juiz de Fora no fim da década de 1960, documentados no Processo 5/69, e do jornal manuscrito Até Sempre 3, apreendido com os presos políticos do grupo Colina, na Penitenciária de Linhares, em abril de 1970, documentado no Processo 32/70, foi-nos possível identificar a resistência ao regime ditatorial. A reconstrução histórica foi possível por meio do arquivo de documentos oficiais que comprovam o que se tentou silenciar. Dessa forma, a análise procurou compreender as contradições desses documentos que refletem as atividades que lhes deram origem, pois foram produzidos na vigência de regimes de exceção. |