Uso terapêutico de vacinas contra HPV em mulheres com lesão de colo de útero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fernandes, Carolaine Bitencourt Ferreira lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Teresa Bustamante lattes
Banca de defesa: Arantes Júnior, João Carlos lattes, Silva, Gulnar Azevedo e lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5562
Resumo: O câncer de colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina e a segunda causa de morte por neoplasia entre mulheres. A infecção persistente pelo vírus HPV é condição necessária para o aparecimento da doença, bem como de suas lesões precursoras. O uso da vacinação profilática contra o HPV tem se mostrado efetivo na prevenção da doença e, devido ao mecanismo de desenvolvimento do câncer a partir da infecção viral, novas partículas vacinais vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de uso terapêutico, ou seja, na vigência de lesões. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o uso de vacinas terapêuticas contra o HPV e sobre as novas partículas utilizadas com este fim. Foi feita uma consulta às bases de dados MEDLINE, PUBMED e LILACS, às coleções SciELO e à BIBLIOTECA COCHRANE, utilizando-se as palavras-chave “papillomavirus humano”, “”HPV”, “vacina”, “vacinação”, “terapêutico” e “imunoterapia” em diferentes combinações, sem limite de data. Dos 713 artigos encontrados inicialmente, 352 foram excluídos por estarem repetidos nas diferentes bases de dados, 217 por serem artigos de revisão, 86 por serem realizados em animais, 24 publicados em idiomas que não o inglês, português e espanhol, 15 de outras localizações anatômicas que não o colo do útero, 2 em pacientes HIV positivos, 1 em homens, 2 cujas pacientes possuíam apenas infecção pelo vírus, mas não lesão no colo e 1 realizado in vitro. Um último artigo foi excluído pois utilizava a vacina após a retirada da lesão do colo das pacientes. Desta forma foram selecionados 12 artigos para esta revisão sistemática. Estes são artigos de fase I e II, realizados com poucas pacientes e apenas 2 deles são randomizados e cegados. Não se pôde atribuir nenhuma medida estatística aos resultados, visto a heterogeneidade das publicações. Os estudos analisados utilizaram partículas vacinais baseadas nas proteínas E6, E7 e E2 do HPV, concluindo que a proteína E7 é a mais promissora para uso nas vacinas terapêuticas. Esta revisão concluiu que o uso das vacinas baseadas na proteína E7 de HPV é potencialmente benéfico no tratamento das lesões de colo uterino, sendo um campo de estudo promissor, mas esta conclusão deve ser analisada com cautela devido à ausência de estudos realizados com maior número de pacientes e com critérios metodológicos mais rígidos.