Malária grave murina: análise histopatológica e imunológica em tecido cerebral e pulmonar de camundongos C57BL/ imunizados com parasitos vivos de fase sanguínea de Plasmodium berghei (Cepas ANKA e NK65) e desafiados com Plasmodium berghei ANKA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Renhe, Daniela Chaves lattes
Orientador(a): Scopel, Kézia Katiani Gorza lattes
Banca de defesa: Coimbra, Elaine Soares lattes, Gameiro, Jacy lattes, Lima Junior, Josué da Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3678
Resumo: Dentre as várias estratégias utilizadas com o intuito de induzir imunidade antimalárica está o uso de doses ultra-baixas de parasitos vivos de fase sanguínea dos plasmódios. Contudo, apesar desse método aparentemente induzir imunidade transcendente a cepa e espécie dois pontos precisam ser esclarecidos: 1- nenhum estudo tem avaliado se imunizações com parasitos vivos de baixa virulência são capazes de proteger contra o desenvolvimento de quadros graves da doença incluindo malária cerebral; 2 - considerando que crianças africanas frequentemente apresentam malária grave somente após reexposição a parasitos altamente virulentos, a relação entre o uso de parasitos vivos e o possível desenvolvimento de infecções graves precisa ser investigada. Para esclarecer tais questões, animais C57BL/6 foram imunizados uma ou duas vezes com 10³ hemácias infectadas por P. berghei NK65 ou P. berghei ANKA e posteriormente desafiados com 10^5 hemácias parasitadas por P. berghei ANKA. Imediatamente após primeira imunização, somente animais imunizados com P. berghei NK65 apresentaram níveis positivos de anticorpos IgG, os quais reconheceram tanto o antígeno homólogo quanto heterólogo. Independentemente do protocolo de imunização, animais imunizados uma vez apresentaram, tanto no cérebro quanto nos pulmões, menos áreas com acúmulo de hemácias e infiltrado inflamatório que animais somente desafiados ou imunizados duas vezes. Apesar das imunizações (uma ou duas vezes) com P. berghei ANKA e P. berghei NK65 terem controlado o desenvolvimento da parasitemia sanguínea por P. berghei ANKA, somente animais imunizados com P. berghei NK65 permaneceram vivos por até 30 dias após desafio experimental com P. berghei ANKA. Tanto no cérebro quanto nos pulmões, os níveis de TNF-α tenderam a elevar-se em relação ao IFN-ꝩ em animais que sofreram dois ciclos de imunizações, o que pode espelhar os maiores danos teciduais observados nesses animais. Contudo, os padrões de citocinas antiinflamatórias e pró-inflamatórias observados nesse estudo não explicam a mortalidade ou sobrevivência observada em animais imunizados com P. berghei ANKA e P. berghei NK65, respectivamente, e desafiados com P. berghei ANKA.