“Não coube tudo no mapa”: usos de tecnologias nas rotinas de crianças que vivem em espaços rurais no município de Caparaó/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Brasil, Franciana Caon Amorim lattes
Orientador(a): Borges, Eliane Medeiros lattes
Banca de defesa: Lopes, Jader Janer Moreira lattes, Moreira, Ana Rosa Costa Picanço lattes, Maia, Diego Corrêa lattes, Nogueira, Danielle Xabregas Pamplona lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18149
Resumo: A tessitura deste trabalho percorreu inúmeros caminhos no intuito de produzir um mapa-tese, impulsionado por memórias, práticas e vivências acumuladas ao longo de todo o nosso percurso formativo. A questão central da pesquisa é compreender como crianças que vivem e estudam em áreas rurais do município de Caparaó, localizado na Zona da Mata de Minas Gerais, fazem uso de novas tecnologias em seus cotidianos, materializadas, principalmente, em objetos tecnológicos, como os smartphones, tablets e computadores. Partindo em busca de respostas para nossa indagação, traçamos, de forma explícita, nossos objetivos: investigar se o fato de crianças viverem em espaços rurais interfere no uso e na produção de suas representações por meio de mapas vivenciais, tendo como base o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC); analisar em quais situações de usos de tecnologias as crianças estão incluídas; perceber como as crianças e suas vivências estão inseridas no mundo globalizado em que vivemos, denso em técnica, ciência e informação. Durante todo o percurso, dialogamos com autores e autoras de diferentes campos epistemológicos: Geografia (Santos 1978, 2006; Amorim, 2007, 2011; Ab’Saber, 2003), Geografia da Infância (Lopes, 2005; Lopes e Costa, 2017), Estudos da Infância, com base na perspectiva dos Estudos históricoculturais (Sarmento 1997, 2005, 2009; Lopes, 2008a, 2013, 2018; Vasconcellos, 2008; Vigotski, 1996, 2007, 2010) e Mídia e Educação (Borges, 2007, 2009; Belloni, 2004, 2008, 2022; Buckingham, 2007, 2010, 2022; Fantin, 2006, 2011; Girardello, 2018, 2021; Kenski, 2012, 2015) entre outros. A imersão nos lugares da pesquisa e o encontro com os sujeitos com quem trabalhamos – 23 crianças, matriculadas em 3 escolas municipais – foi norteada por uma metodologia específica, em que a produção de mapas vivenciais pelas crianças possibilitou cartografar diferentes usos de tecnologias em suas rotinas. A fase que envolveu o trabalho de campo considerou a ética de pesquisa com crianças, discutindo com elas desde a concepção da investigação, o termo de aceite, elementos conceituais envolvendo o uso de TIC; para atingir os objetivos propostos, foram feitas rodas de conversas, registros nos mapas vivenciais, observações e registros escritos pela pesquisadora. A participação das famílias ocorreu por meio de uma pesquisa feita pelo Google Forms, a qual foi de extrema importância para a compreensão do contexto socioeconômico do local onde realizamos nosso estudo. O término deste longo caminho ficou marcado por primorosos registros e certezas: os mapas vivenciais que as crianças produziram oferecem um poderoso repertório de dados, exibindo a forma como elas estão no mundo, como vivem, circulam e percebem o meio onde estão, bem como utilizam e registram em mapas as diferentes tecnologias.