Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Paulo Sérgio Pereira de
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Orientador(a): |
Guaraldo, André de Camargo
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Banca de defesa: |
Santos, Juliane Floriano Lopes
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Palaoro, Alexandre Varashin
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Dias, Raphael Igor da Silva Corrêa
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Ferreira, Marco Aurélio Pizo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
-
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18355
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Resumo: |
A discriminação social é crucial para mitigar custos territoriais em animais e tem sido amplamente estudada em diferentes contextos. Entre as aves, o "efeito do inimigo querido" (maior tolerância a vizinhos conhecidos) e o "efeito do vizinho desagradável" (maior agressividade contra vizinhos) são fenômenos centrais. O joão-de-barro (Furnarius rufus), conhecido por sua fidelidade territorial e duetos vocais coordenados, é um modelo ideal para investigar esses efeitos. O joão-de-barro demonstra consistentemente o efeito do inimigo querido, respondendo com menor agressividade a vizinhos do que a estranhos. Do ponto de vista acústico, os duetos codificam identidades de pares e indivíduos, além de diferenças entre sexos, desempenhando papel central na discriminação social. Apesar de se propagarem bem no ambiente, essas vocalizações permitem identificar com precisão apenas vizinhos adjacentes. A degradação acústica e a falta de interações próximas dificultam a identificação de vizinhos distantes, apesar dos benefícios potenciais. A habilidade do joão-de-barro de discriminar vizinhos de intrusos é semelhante em populações de densidades distintas (Brasília e Juiz de Fora). Além disso, a centralidade territorial não influencia as respostas agressivas, indicando que a localização no território não oferece vantagens claras. Em ambientes urbanos, o ruído pode dificultar a distinção entre vizinhos e estranhos. No entanto, os joões-de-barro mantêm discriminação consistente, mesmo em áreas de alta atividade humana, demonstrando resiliência na identificação de competidores. Assim, o joão-de-barro é um modelo robusto para estudar discriminação social e comportamento territorial em aves, mostrando como fatores ecológicos, territoriais e acústicos moldam estratégias de mitigação de custos. Estudos futuros podem expandir o entendimento dessas estratégias em diferentes contextos e espécies. |