O Cemitério do Peixe e o Jubileu de São Miguel e almas: estudo sobre patrimônio cultural, tradição, sociabilidade, memória e religiosidade no interior de Minas Gerais (1861–tempo presente)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00093 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13738 |
Resumo: | A presente tese de doutorado realiza um estudo histórico em torno das práticas sociais, culturais e religiosas estabelecidas entre os devotos e os frequentadores do Jubileu de São Miguel e Almas no Cemitério do Peixe, no período que vai de 1861 até os dias atuais. O Vilarejo do Cemitério do Peixe é um local de peregrinação, localizado no centro-norte do estado de Minas Gerais, na Serra do Espinhaço Meridional, às margens do rio Paraúna, pertencendo à cidade de Conceição do Mato Dentro. Busca-se compreender como as experiências sociais, culturais e religiosas vêm sendo construídas, vivenciadas, transmitidas e, até mesmo, silenciadas, pelas diferentes gerações; e como o Cemitério do Peixe e o Jubileu de São Miguel e Almas possibilitam a preservação da cultura, das tradições, da identidade e do modo de ser da população participante. Diante disso, esta pesquisa está inserida no campo de estudos sobre o patrimônio histórico-cultural. Para tanto, foram adotados métodos de pesquisa propostos pela micro-história e história cultural, perspectivas que afirmam a interdisciplinaridade do campo de estudos da cultura, da história e do patrimônio. Assim, trabalha-se com a etnografia, observação participante e história oral, conciliadas com a pesquisa em arquivos. Foram reunidos depoimentos, certidões, imagens, folders, reportagens, mapas, notícias e fotografias, elementos fundamentais no registro da história do lugar e da população local. Desse modo, percebe-se que o Cemitério do Peixe funciona como enraizador da memória coletiva, solidificando as relações sociais entre os frequentadores, sobretudo entre as comunidades rurais da região. Ressaltam-se as práticas sociais e culturais presentes no modo como as pessoas se relacionam, peregrinam, festejam, se alimentam, socializam e estabelecem laços, bem como desenvolvem suas atividades religiosas em torno da morte e do morrer, por meio da interação e devoção com as almas ancestrais, mais conhecidas como as Almas do Peixe. |