“Cérebros” brasileiros pelo mundo: mobilidade acadêmica, carreiras científicas e internacionalização da ciência nacional
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00098 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14749 |
Resumo: | O objetivo desta tese é investigar a mobilidade acadêmica internacional de pesquisadores brasileiros através do programa de financiamento para o doutorado pleno do exterior de uma agência pública nacional de fomento à pesquisa. Analisei historicamente a construção dessa política e, a partir do recorte temporal de 1999 a 2014, observei o perfil dos atores e atrizes que realizaram o doutorado no exterior, bem como analisei a experiência de alguns deles através de entrevistas semiestruturadas. Considerando que há atualmente no Brasil um sistema consolidado de pesquisa e pós-graduação, busquei compreender as razões que levaram estas pessoas a irem para o exterior realizar parte de sua formação no período recente; bem como apreender a experiência de morar em outro país e cursar outra universidade, considerando os diferentes desafios de mediação e adaptação presentes nesse processo; para, por fim, analisar o processo do retorno - como é voltar ao Brasil e/ou construir uma carreira no exterior tendo feito parte importante de sua formação em outro país. Os resultados mostraram que, apesar das particularidades que constituem cada experiência, há algumas regularidades que nos auxiliam a melhor compreender este fenômeno: a existência de uma rede já constituída, sobretudo por professores e orientadores brasileiros, facilita a construção de um projeto de formação que tem como perspectiva o doutorado no exterior; ambientes altamente internacionalizados nas instituições estrangeiras facilitam a experiência no exterior, apesar de preconceitos e representações sobre o Brasil estarem presentes; e a ausência de políticas consolidadas no retorno dificulta o processo de inserção profissional no país de origem. Conhecer a experiência destes pesquisadores e pesquisadoras nos auxilia a melhor compreender o atual cenário de intensificação da mobilidade internacional de pessoas altamente qualificadas, recorrentemente classificadas por diferentes termos, como fuga de cérebros, circulação de cérebros ou diáspora científica, mas pouco analisada em termos qualitativos, objetivo da presente investigação. |