Fatores preditivos de resposta a azatioprina em pacientes com doença de Crohn suboclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Zanini, Karine Andrade Oliveira lattes
Orientador(a): Chebli, Júlio Maria Fonseca lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Tarsila Campanha da Rocha lattes, Barbosa, Katia Valéria Bastos Dias lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1305
Resumo: Introdução: Apesar dos avanços recentes no tratamento de pacientes com doença de Crohn (DC), os sintomas oclusivos e suboclusivos observados na presença de estenoses clinicamente significativas permanecem um problema clínico desafiador. Na DC, a identificação de fatores que se associam à redução do risco de cirurgia é importante. Materiais e Métodos: Neste estudo retrospectivo, avaliamos os possíveis fatores preditivos, incluindo os marcadores inflamatórios associados à redução da necessidade de intervenção cirúrgica em pacientes com DC que apresentaram o primeiro episódio de suboclusão intestinal clinicamente resolvido e tratados, subsequentemente, com azatioprina (AZA) durante três anos. Resultados: Trinta e seis pacientes com DC suboclusiva foram incluídos, dos quais, 24 não necessitaram de ressecção intestinal. Nenhum dado demográfico ou clínico associou-se com a resposta à AZA. Apenas a proteína C reativa (PCR) apresentou correlação com a eficácia da AZA. Para cada aumento de 1 mg na PCR, houve uma redução do risco de cirurgia em 8% (RR 0,92; IC 0,86-0,98; p=0,008). O grupo PCR>6 (elevada) apresentou 81% de redução de risco de cirurgia em relação ao grupo PCR<6 (OR 0,19 IC 0,05-0,64; p=0,008). Conclusões: Os pacientes que apresentaram PCR elevada tiveram uma menor taxa de cirurgia a médio e longo prazos durante a terapia com AZA. A PCR pode identificar pacientes com estenoses predominantemente inflamatórias e responsivas ao tratamento clínico.