Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira
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Orientador(a): |
Bonadio, Maria Claudia
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Banca de defesa: |
Silva, Elisabeth Murilho da
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Baggio, Adriana Tulio
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes
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Departamento: |
IAD – Instituto de Artes e Design
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10966
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Resumo: |
O presente trabalho tem como escopo analisar a maneira como o concurso Miss Brasil Gay em Juiz de Fora foi retratado pela mídia jornalística local no período, desde sua primeira edição em 1977 até o ano de 2018. Para isso, foi realizado um levantamento das reportagens que abordaram o concurso nos os jornais juiz-foranos: “Diário Mercantil”, “Diário da Tarde”, “Tribuna da Tarde”, “Tribuna de Minas” – pertencentes ao Acervo da Biblioteca Municipal Murilo Mendes e também no acervo virtual do jornal eletrônico “Acessa”. Assim, foi possível observar como a mídia local “construiu” uma história do evento ao longo dos anos a partir das notícias veiculadas sobre o assunto. Tais matérias jornalísticas foram exploradas debruçando-se nas teorias de gênero e sexualidade, bem como da cultura visual, na tentativa de entender como as identidades gays e trans eram relatadas e foram se constituindo (e sendo constituídas pela mídia) durante as datas estudadas, uma vez que, não entendemos as identidades como intrínsecas ao ser humano e, sim, construções sociais. Deste modo, notamos, também, as estratégias que estes sujeitos elaboravam para se projetarem socialmente por meio de suas concepções sobre feminilidade e a composição em cima da ideia do feminino mediante as "montações" que incluem roupas, adereços, maquiagem, cabelos, constituídos especialmente por elementos associados ao luxo e ao glamour. A partir das construções imagéticas das misses, acessadas a partir das fotografias e entrevistas veiculadas nos jornais, vídeos disponibilizados no YouTube, procuramos compreender como os símbolos e signos de feminilidade que permeiam as imagens reverberadas pelas mídias (cinema, música, etc) se estabelecem como norteadores do que é ser mulher para as participantes do concurso. Por fim, mas não menos importante, observamos como o gênero é, em nosso entender, uma ficção social, podendo suas normas serem apropriadas pelos sujeitos na arte do transformismo como forma de contestação e resistência não-verbal. |