Relendo o Álbum de Maria Firmina dos Reis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, Shirley lattes
Orientador(a): Silva, Anderson Pires da lattes
Banca de defesa: Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes, Braga, Humberto Fois lattes, Leite, Sonia da Costa lattes, Zin, Rafael Balseiro lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17255
Resumo: Esta tese se debruçou sobre o Álbum, uma coleção de registros atribuídos à escritora maranhense Maria Firmina dos Reis (1825-1917). Trata-se de uma obra singular, ainda que algo problemática. Os registros ali contidos foram escritos entre 1853 e 1910. Referido ora como álbum, ora como livro íntimo, a escritora registrou nele uma variedade de assuntos (e.g., mudanças de casa, adoção de órfãos, datas de nascimento ou falecimento de parentes e amigos). Mas fez também outro tipo de anotação. Contrariando a opinião de outros estudiosos da obra firminiana, notadamente Morais Filho (1975) e Luiza Lobo (1993 e 2007), que identificaram na caligrafia da autora traços de morbidez e melancolia, mas relendo o Álbum, nós sustentamos aqui a ideia de que a obra abriga registros (ou fragmentos de registros) que podem ser mais apropriadamente rotulados como pequenos ensaios literários de uma autora romântica ou mesmo ultrarromântica. Sustentamos ainda a ideia de que o volume pode ter sido usado pela autora também como um obituário de afetos, um lugar onde Firmina registrava perdas e dores, e um modo de eternizar a memória de parentes e amigos que ela amava.