Alegorias da resistência, dialética da desalienação: literatura, história e política na obra de José Saramago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lacerda, Wagner lattes
Orientador(a): Pereira, Maria Luiza Scher lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Gilvan Procópio lattes, Silva, Marcelino Rodrigues da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2769
Resumo: Essa pesquisa tem como objetivo identificar diferentes abordagens políticas na obra do escritor português José Saramago, para observar como ele, intelectual de formação marxista, compreende e representa na ficção a dinâmica dos fatos históricos. O presente trabalho se insere no campo de debates da crítica política e procura refletir acerca de algumas questões que permeiam a construção de todo um projeto literário que se propõe a pensar sobre a sociedade e a questioná-la – entendemos por projeto literário um conjunto de obras que, conscientemente, é elaborado e estruturado em torno de formas e conteúdos semelhantes. Diante disso, pretende-se refletir sobre os entrelaçamentos que se estabelecem entre a literatura, a história e a política a partir de uma voz dissonante do cenário atual, em que o homem aparece cada vez mais diminuído perante o mercado e o capital. Para tal intento, são utilizados quatro romances escritos por Saramago: Levantado do Chão (1980), Ensaio sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997) e A Caverna (2000); e, também, entrevistas concedidas pelo escritor e discursos proferidos por ele. O referencial teórico dessa pesquisa engloba textos de autores como Karl Marx, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Michel Foucault e Beatriz Sarlo.