Declínio cognitivo na doença renal crônica (DRC): influências da deficiência de ferro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Almeida, Ana Laura Maciel lattes
Orientador(a): Bastos, Marcus Gomes lattes
Banca de defesa: Beato, Rogério Gomes lattes, Banhato, Eliane Ferreira Carvalho lattes, Cruzeiro, Marcelo Maroco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1329
Resumo: INTRODUÇÃO: Declínio cognitivo (DC) é comum no paciente com doença renal crônica (DRC), podendo impactar desfavoravelmente na qualidade de vida e na aderência medicamentosa. Vários fatores contribuem para o DC na DRC, sendo a deficiência de ferro, comum em pacientes com diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG), uma delas. OBJETIVO: Avaliar se a deficiência de ferro se associa com o DC em paciente com DRC não dialítico. MÉTODO: Foram avaliados 54 pacientes não idosos com DRC pré-dialítica através de avaliação laboratorial, triagem cognitiva completa (um teste de rastreio de cognição global: Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e bateria de testes de memória, atenção, velocidade de processamento, fluência verbal e funções executivas), escalas de sono (Escala de Sonolência Diurna de Epworth, Questionário Clínico de Apnéia Obstrutiva do Sono de Berlin, Questionário de cinco perguntas de sintomas de Pernas Inquietas), depressão (Inventário de depressão de Beck, Mini-Plus para Episódio Depressivo Maior (DSM-IV) e funcionalidade (Questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer). RESULTADOS: O DC, avaliado pelo Montreal Cognitive Assessment (ajustado para escolaridade) foi identificado em 59,3% dos pacientes, e se relacionou com hemoglobina <11,0 g/dL, ferritina <100 ng/mL, saturação da transferrina <20%, com anos de escolaridade, depressão e com a diminuição da TFG. Adicionalmente, observou-se frequência aumentada de sintomas de apnéia obstrutiva do sono (76,9%), de pernas inquietas e sonolência diurna (35,2%) e sintomas depressivos avaliados pelo BDI (34,7%). CONCLUSÃO: Nos pacientes não idosos com DRC pré-dialítica avaliados, o DC e os sintomas depressivos foram frequentes e, em parte, explicado por níveis inadequados da reserva de ferro e de hemoglobina.