Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Saque, Lara Rosa
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Orientador(a): |
Lages, Sônia Regina Corrêa
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Banca de defesa: |
Berkenbrock, Volney José
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Melo Junior, Walter
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12546
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Resumo: |
O mito fundacional da religião Santo Daime traz como cerne o tema da inspiração através do feminino: conta-se que seu fundador, Mestre Irineu, foi iniciado nos mistérios da bebida ayahuasca por uma divindade feminina identificada com a lua e reconhecida principalmente como Virgem da Conceição. Na presente dissertação, busca-se investigar de que maneira o simbolismo vinculado à instrução espiritual de Mestre Irineu pode ser interpretado a partir de imagens arquetípicas do feminino, tomando como principal via teórica o pensamento de Carl Gustav Jung. Para isso, foi realizada uma análise documental de 4 narrativas fundacionais e 33 canções rituais do hinário O Cruzeiro, material litúrgico daimista, a partir da proposta metodológica dos mapas semânticos desenvolvida por Berkenbrock (2018b). Compreende-se que este hinário pode apresentar uma função simbólica que integra experiência religiosa e mito, atuando como sugestão para as imagens arquetípicas do caráter de transformação do feminino e como alojamento simbólico dessas imagens em uma gramática religiosa predominantemente cristã. A emergência simbólica do feminino arquetípico é assim considerada uma possível dimensão constitutiva da reatualização do mito fundacional na religião do Santo Daime: como experiência de anima e do feminino de transformação, vinculada aos elementos naturais e à imagem materna pela temática do renascimento. |