Utilização de concentrado proteico de leite no desenvolvimento de sorvetes sabor chocolate com diferentes conteúdos de proteínas
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00130 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17410 |
Resumo: | O sorvete a base de leite é considerado um alimento nutritivo e palatável, que agrada a indivíduos de diferentes idades e classes sociais. O concentrado proteico de leite (MPC) é uma excelente fonte de proteínas, que preserva a proporção de proteínas lácteas (80% de caseínas e 20% de soroproteínas), além de outros nutrientes do leite, com qualidades tecnológicas, funcionais e sensoriais importantes no desenvolvimento de novos produtos. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver duas formulações de sorvetes sabor chocolate, que atendam aos critérios de fonte e dobro de proteínas, adicionados de MPC com 70 % de proteínas (MPC 70), utilizando como base uma formulação produzida comercialmente por uma indústria, e avaliar suas características físico-químicas, microbiológicas e microestruturais. Foram realizados três tratamentos: “controle” (formulação base utilizada na indústria), “dobro” de proteína (em relação ao controle) e “Fonte” de proteína, de acordo com a legislação específica. O processo de produção dos tratamentos seguiu a metodologia adotada pela indústria de sorvetes, em quatro repetições. Foram realizadas análises de overrun, microestrutura, composição centesimal, pH e acidez da calda. O perfil de textura, a cor e o pH dos sorvetes foram avaliados ao longo do armazenamento (02, 15 e 30 dias). As análises microbiológicas e de microestrutura dos sorvetes foram realizadas aos 02 dias de estocagem e a análise de derretimento aos 30 dias. Foram verificadas diferenças significativas (P < 0,05) entre os tratamentos para os teores médios de umidade, proteínas, umidade, pH e acidez, o que demonstra que a adição de MPC interferiu diretamente nestes parâmetros. Não houve diferença estatística (P > 0,05) em relação à quantidade de ar incorporada aos diferentes sorvetes (overrun). A taxa de derretimento total foi maior na amostra “controle”, seguida do sorvete com o “dobro” e “fonte” de proteínas. Com relação ao perfil de textura, apenas os parâmetros dureza e elasticidade não diferiram (P > 0,05) entre os tratamentos, tendo a adesividade, a coesividade e a mastigabilidade apresentado, em geral, valores maiores para os tratamentos com maior teor proteico. Ao longo do tempo, os atributos de textura apresentaram resultados diversos. A cor dos sorvetes (L*, a* e b*) não apresentou diferença estatística (P > 0,05) entre os tratamentos, assim como L* ao longo do armazenamento. Os resultados das análises microbiológicas demonstraram que as formulações atenderam aos padrões legais estabelecidos para o comércio de gelados comestíveis. As análises microscópicas (fotônica e eletrônica) não revelaram diferenças observáveis na calda e no sorvete. A análise das eletromicrografias de varredura não apresentou diferenças observáveis entre as três amostras de sorvetes. Não houve diferença estatística (P > 0,05) entre os tratamentos com relação ao potencial zeta e ao índice de polidispersividade das caldas. O diâmetro hidrodinâmico médio das partículas foi estatisticamente superior (P < 0,05) na amostra “controle”, em comparação ao “dobro” e “fonte”, que não diferiram entre si (P > 0,05). A adição de MPC 70 contribuiu significativamente para o aumento do teor proteico, sendo uma boa alternativa para a produção de sorvetes hiperproteicos. |