O processo de envelhecimento para pesssoas idosas: estudo de representações sociais e crenças de Rokeach

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Melo, Laércio Deleon de lattes
Orientador(a): Arreguy-Sena, Cristina lattes
Banca de defesa: Gomes, Antônio Marcos Tosoli lattes, Silva, Girlene Alves da lattes, Parreira, Pedro Miguel Diniz lattes, Pinto, Paulo Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/343
Resumo: Pesquisa de delineamento qualitativo que objetivou analisar as representações sociais e o sistema de crenças de Rokeach para o processo de envelhecimento para pessoas com idade ≥65 anos na perspectiva do cuidado de enfermagem. Fundamentada na Teoria das Representações Sociais na abordagem estrutural e processual para os termos indutores “pessoa ser idosa” e “pessoa ser envelhecida” e no sistema de crenças de Rokeach para concepções do processo de envelhecimento. Foram referenciais teóricos: políticas (inter)nacionais do processo do envelhecimento, legislação brasileira, teorias para o processo de envelhecimento humano; sistema de crenças de Rokeach; Teoria das Representações Sociais e Teoria do Cuidado Transcultural de Madeleine Leininger. Participaram desta investigação 93 sujeitos de ambos os gêneros, todos os graus de escolaridade e estado civil declarados, moradores da área de abrangência de uma Unidade de Saúde cobertura pelo PAC, que possuíam idade ≥65 anos, que concordaram em participar como voluntários não remunerados, externando sua aquiescência pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pós-informado. Programas NVivo e Evoc subsidiaram tratamento dos dados. Atendidos todos os requisitos éticos e legais de pesquisa envolvendo seres humanos. Foram elementos comuns aos dois núcleos centrais das representações sobre pessoa ser idosa e pessoa ser envelhecida os cognemas: avaliação de ser velho, avaliação da vida e idade chega, cujos conteúdos obtidos nas abordagens estrutural e processual permitiram identificação da ancoragem no conhecimento popular e científico. Identificaram-se 1.826 crenças, sendo 696 centrais e 1.006 periféricas, o que fez com que o eixo de centralidade/perifericidade tendesse à perifericidade. A análise dos conteúdos centrais do eixo de centralidade/perifericidade segundo Rokeach com os componentes nucleares da abordagem estrutural e processual da TRS possibilitou identificar aproximações para alguns conteúdos (“não poder fazer as coisas” e “não aguenta fazer as coisas”; o “valor da pessoa idosa e avaliação da pessoa ser idosa” com “avaliação de ser velho e idade chega”; “aprendizado de vida” com “experiência” e; “cuidado profissional” com “precisa de cuidador e cuidado”). A semelhança entre eles, obtida a partir de diferentes métodos, possibilitou identificar: crenças, comportamentos, atitudes, valores, informações, conhecimentos e posicionamentos dos sujeitos investigados a respeito do processo de envelhecimento, que são componentes fundamentais à estruturação do cuidado de enfermagem. A releitura dos resultados à luz da Teoria Transcultural de Leininger forneceu a esta investigação a argamassa capaz de reunir a aplicabilidade do sistema de crenças de Rokeach, das RS nas abordagens estrutural e processual e das políticas públicas com vistas à elaboração de reflexões sobre a atuação do enfermeiro no processo de planejamento do cuidado de enfermagem a pessoas em processo de envelhecimento. Esta investigação trouxe como contribuição um diagnóstico situacional direcionado a pessoas com idade ≥65 anos, moradoras de uma área de saúde coberta pelo PAC e que possuem vulnerabilidades (socioculturais e sociorrelacionais) e uma reflexão sobre formas distintas de apreender as respostas dos indivíduos a partir de referenciais teóricos, metodológicos, filosóficos, sociais e políticos de grupos socialmente constituídos para que pessoas em processo de envelhecimento sejam ativas e que isso se dê em consonância com o conceito ampliado de saúde.