Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Paula, Monize Altomare de
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Orientador(a): |
Carvalho, Fabrício Alvim
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Banca de defesa: |
Menini Neto, Luiz,
Ribeiro, José Hugo Campos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10249
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Resumo: |
Espécies nativas também tem o potencial de se espalhar e proliferar desproporcionalmente, causando danos consideráveis tanto quanto espécies exóticas. O aumento na dominância dessas espécies nativas é chamado de superabundância e tem afetado comunidades e ecossistemas de diferentes formas. No Brasil, muitas espécies de bambu lenhosos são típicos exemplos de espécies invasoras nativas. Sua alta dominância geralmente altera a estrutura e composição de florestas, reduzindo a densidade, área basal total, riqueza de espécies, assim como a diversidade taxonômica e funcional de árvores. Merostachys é um gênero comum de bambu nativo encontrado em fragmentos de Floresta Atlântica que sofreram algum tipo de perturbação, tornando-se superdominante nesses ambientes. De forma a entender as relações entre dominância de bambu e parâmetros florestais, nós alocamos 30 parcelas de 10x20 m em um fragmento de Floresta Atlântica; marcamos e identificamos todas as espécies arbóreas com DAP ≥5cm e medimos a área basal de todas as touceiras de bambu por parcela. Nós avaliamos as relações entre a área basal do bambu e os parâmetros estruturais, e as métricas de diversidade taxonômica e funcional em uma comunidade de floresta tropical, e como essas relações variam entre as classes de diâmetro subjacentes da comunidade. Encontramos que parcelas com maior dominância de bambu possuem menor densidade de árvores e maior área basal de árvores mortas, enquanto que essas mesmas parcelas apresentam maior diversidade funcional e taxonômica, considerando que a hipótese de preenchimento de nicho desempenha um papel importante na comunidade invadida em escala local. Além disso, encontramos que a dominância de bambu estava positivamente relacionada à alta dominância de espécies com traços funcionais aquisitivos e que essas relações são mais fortes para árvores pequenas do que árvores maiores. Embora tenhamos encontrado fortes evidências dos efeitos da superabundância do bambu, não podemos afirmar que essas mudanças dentro da comunidade tenham sido a causa ou consequência da invasão. No geral, este estudo foi importante para destacar as interações da espécies de bambu nativo com outros parâmetros florestais, trazendo também novas contribuições para estudos de invasão em escala local. |