Influência de diferentes protocolos de polimento na rugosidade e adesão bacteriana em cerâmicas de dissilicato de lítio e silicato de lítio reforçadas com zircônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Camilla Sthéfany do Carmo lattes
Orientador(a): Carvalho, Rodrigo Furtado de lattes
Banca de defesa: Lemos, Cleidiel Aparecido Araújo lattes, Sochacki, Sabrina Feitosa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
Departamento: ICV - Instituto de Ciências da Vida
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18092
Resumo: As restaurações cerâmicas necessitam de ajustes antes ou após a cimentação. Para devolver lisura de superfície é necessário realizar o reglazing ou polimento manual, no entanto existem controvérsias quanto ao melhor método. Sendo assim, o objetivo do estudo foi comparar a rugosidade e adesão bacteriana em cerâmicas de dissilicato de lítio e silicato de lítio reforçado com zircônia após diferentes protocolos de polimento Foram confeccionadas 72 amostras retangulares, de cada grupo cerâmico: Dissilicato de lítio (LD), silicato de lítio reforçado com zircônia - Vita Suprinity (VS), silicato de lítio reforçado com zircônia - Celtra Duo com queima (CDAF) e silicato de lítio reforçado zircônia - Celtra duo sem queima (CD). As amostras foram divididas em seis grupos aleatórios de acordo com o protocolo: Glaze (GL), Exacerapol (EX), Ceramisté (CR), Pk 5.1 Ceram (PK), Optragloss (OP) e Controle (CO). Os protocolos de polimento manuais foram realizados com pontas de borrachas abrasivas com mesmo formato, de duas ou três etapas, de diferentes marcas comerciais. A rugosidade foi avaliada antes e depois do protocolo. Duas amostras representativas de cada grupo foram avaliadas por microscopia eletrônica de varredura. A adesão do biofilme Streptococcus mutans foi determinada pela contagem de Unidades Formadoras de Colônias por mililitro (UFC/ml). A análise estatística foi realizada com o software Jamovi, utilizando ANOVA de duas vias, seguida pelo teste post hoc de Bonferroni para identificar diferenças significativas entre os grupos. Também foi realizado o teste de correlação de Pearson, para avaliar a correlação entre adesão bacteriana e rugosidade em cada grupo cerâmico. O nível de significância foi estabelecido em P = 0,05. Foi observada interação significativa entre as cerâmicas e protocolos na alteração de rugosidade ((F (12,220) = 19,7, P< 0,006, η²partial = 0,517) e adesão bacteriana (F (3,216) = .234, P< 0,872, η²partial =0,003). A cerâmica LD apresentou menor alteração de rugosidade, enquanto CD a maior. Ao avaliar somente protocolos houve diferenças significativas entre protocolos de polimento manual e glaze. Houve uma grande correlação positiva entre adesão e rugosidade em todos os grupos LD (r= 0,589, P < 0,001), VS (r= 0,6, P < 0,001), CD (r= 0,649, P < 0,001), CD-AF (r= 0,727, P= < 0,001). Para LD e VS o protocolo mais eficaz foi OP, enquanto que para CD-AF e CD foi o protocolo PK. Todas as cerâmicas apresentaram menores alterações de rugosidade com os protocolos EX e CR. Para adesão bacterina só houve diferença significativa entre as cerâmicas no protocolo GL. Para alteração de rugosidade com exceção do GL, todos os outros protocolos geraram diferenças significativas entre as cerâmicas. A análise em MEV confirmou os resultados de rugosidade. Foi possível concluir que todas as cerâmicas apresentaram diminuição da rugosidade e da adesão bacteriana após os diferentes protocolos de polimento, mas demostraram comportamentos distintos ao receberem um mesmo protocolo de polimento.