Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Kpoholo, Senakpon Fabrice Fidèle
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Orientador(a): |
Freitas, Maria Teresa de Assunção
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Banca de defesa: |
Moreira, Ana Rosa Costa Picanço
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Santos, Núbia Aparecida Shaper,
Santos, Edméa Oliveira dos,
Passos, Mailsa Carla Pinto |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10846
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Resumo: |
Este trabalho apresenta a pesquisa “As Áfricas em sala de aula: possibilidades de viagens a partir do cinema africano”. Trata-se de uma pesquisa que objetiva identificar quais são as contribuições possíveis que o cinema africano pode trazer para o ensino de história e a abordagem das culturas africanas em salas de aula no Brasil, mas especificamente na municipalidade de Juiz de Fora. Especificamente, ela busca: compreender quais as percepções que professores e alunos de escolas municipais de Juiz de fora têm do continente africano e de suas culturas, identificar como essas percepções foram socialmente construídas, apreender as possíveis mudanças ocorridas nas percepções de professores e alunos em relação ao continente africano a partir de fruição e filmes africanos e, por fim, contribuir no desenvolvimento de estratégias para o ensino da história do continente africano e para a abordagem de suas culturas em salas de aula de escolas municipais de Juiz de Fora a partir de filmes africanos. O enfoque teórico-metodológico que orientou o trabalho foi a abordagem qualitativa de cunho histórico-cultural, escolhendo como companheiros de conversa, entre outros, Mikhail Braktin, Lev Vigotski, Homi K. Bhabha, Boaventura de Sousa Santos. O campo foi constituído com professores e alunos de escolas municipais de Juiz de Fora. A fruição dialógica e a conversa pós-fruição de filmes africanos foram usadas como instrumentos para tecer os dados empíricos da pesquisa. A partir da memória fílmica materializada no discurso dos sujeitos, foi possível notar que antes da pesquisa, professores e alunos percebiam o continente africano como um lugar sofrido e habitado pela fome, miséria, doenças, etc. Também tinham uma visão de África selvagem caracterizada pelo tribalismo e pelo convívio com os animais selvagens, e por fim a visão de uma África onde guerras e conflitos são acontecimentos cotidianos. Essas percepções decorrem do acesso e visualização das múltiplas imagens que circulam na sociedade em relação ao continente africano por meio dos diversos canais. Especificamente nesse aspecto, o acesso e a visualização de filmes sobre o continente africano tem grande peso. Até então, era uma visualização não problematizada. Durante a pesquisa, os sujeitos entenderam a importância de problematizar as diversas narrativas fílmicas acerca do continente africano. Além disso, a diversidade do continente – diversidade dos seus lugares, seus povos e seus modos de ser e estar no mundo – foi percebida por professores e alunos. Onde enxergavam apenas uma África sofrida, conseguiram enxergar um continente com suas dificuldades cotidianas fazendo também aproximações com o contexto brasileiro. Onde se via apenas guerras e conflitos, enxerga-se também alegria e felicidade. Assim aparece a primeira grande contribuição que o cinema africano pode trazer para o ensino de história africana e para a abordagem das culturas africanas em sala de aula. Trata-se da possibilidade de mudança de olhar em relação ao referido continente. Isso passa pela diversidade de temas que podem ser discutidos a partir da fruição de um filme africano. A segunda grande contribuição diz respeito à abordagem metodológica para trabalhar os temas que atravessam os filmes. Essa abordagem pode variar de acordo com o público. |