Dos condicionantes naturais à construção social da vulnerabilidade: as inundações urbanas na bacia do córrego Humaitá, Juiz de Fora, MG, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Virginia Amaralinda Calabrez lattes
Orientador(a): Felippe, Miguel Fernandes lattes
Banca de defesa: Batella, Wagner Barbosa lattes, Marçal, Mônica dos Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00375
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14886
Resumo: A ocorrência de desastres naturais pelo mundo vem cada vez mais ocasionando perdas e danos para a sociedade. A inundação representa um dos desastres de maior ocorrência em diferentes partes do planeta afetando agricultura, a população rural e também a população urbana, dentre outros. A bacia hidrográfica do córrego Humaitá na cidade de Juiz de Fora - MG está inserida nessa realidade e sofre constantemente com eventos de inundações afetando toda a população residente gerando danos e prejuízos. No processo de urbanização os rios são constantemente transformados e as paisagens modificadas, desta forma a percepção dos riscos pela população se torna mais evidente. Ressalta-se que os riscos são distribuídos na sociedade de forma desigual onde uma parte desta tende a sofrer mais com os efeitos e os danos causados pelos eventos perigosos, pois a construção do espaço urbano se dá de forma excludente e desigual. Percebe-se que a produção do espaço urbano na área da bacia estudada se deu de forma excludente, com as relações capitalistas degradando a natureza e o próprio homem, sofrendo com a desigualdade de poder, onde é visível as posições de cada classe social sob o ambiente. Diante disso, esse trabalho propõe compreender as relações entre as inundações e a vulnerabilidade social em uma parte da cidade de Juiz de Fora (bacia hidrográfica do córrego Humaitá, Zona Norte da cidade). Para identificar as áreas de suscetibilidade à inundação na bacia hidrográfica do córrego Humaitá adotou-se a metodologia de análise morfométrica com a utilização dos seguintes parâmetros: gradiente da bacia, índice de rugosidade, densidade de drenagem, Índice de Eficiência de Drenagem, coeficiente de compacidade e fator forma juntamente com a interpretação morfológica da bacia. Nos primeiros resultados a bacia do córrego Humaitá se mostrou pouco suscetível à inundação, porém constatou-se que as sub-bacias de segunda ordem são as melhores indicações para que o poder público atue no entendimento e na gestão dos eventos de inundação na bacia estudada. Já para entender a vulnerabilidade social empregou a técnica do Índice de Vulnerabilidade através dos dados socioeconômicos (renda, educação, densidade demográfica, idade e quantidade de moradores) dos setores censitários e também das observações em campo das ocupações da terra. Por fim, entendeu-se que o crescimento e a expansão urbana não só aumentam a suscetibilidade de inundação, mas também modifica a exposição aos riscos e a vulnerabilidade social das comunidades.