Frequência cardiaca máxima e sua recuperação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marques, Fábio Antônio Damasceno lattes
Orientador(a): Lima, Jorge Roberto Perrout de lattes
Banca de defesa: Santos, Tony Meireles dos lattes, Laterza, Mateus Camaroti lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2090
Resumo: Desde o estudo de Robinson, publicado em 1938, em que se utilizou a idade como variável independente, não se conhece outra variável que possa melhorar a predição da freqüência cardíaca máxima (FCMAX). Recentemente, tem se estudado a FC de recuperação (FCREC) após exercício máximo, que tem sido apontada como preditora de mortalidade. Para melhor entender a FCMAX e a FCREC após teste máximo, o presente estudo teve como objetivos: 1)Identificar se a FCMax é influenciada pela variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) em repouso, 2) Verificar se a FCREC avaliada por meio de deltas é influenciada pela FCMAX; 3) Sugerir um modelo de avaliação da FCREC relativizado pelos valores de FCMAX. e 4) Propor uma equação que descreva a cinética de recuperação da FCMAX em indivíduos jovens e de meia idade saudáveis. Para alcançar os objetivos propostos, foram realizados dois estudos. Estudo 1 - foram avaliados 63 indivíduos (21 mulheres e 42 homens) de 20 a 30 anos. Foi avaliada a FC e VFC em repouso na posição sentada. Em seguida, os indivíduos realizaram um teste cardiopulmonar máximo em esteira (Protocolo de Bruce). Os indivíduos foram divididos, sexo e pela mediana da FCMAX, em grupo de alta de baixa FCMAX. Os índices de VFC de repouso dos dois grupos foram comparados por teste ―t‖ de Student para grupos independentes (p<0,05). Apenas a banda de baixa freqüência (LF) nas mulheres se mostrou significativamente diferente entre os grupos. Conclui-se que maiores valores de LF nas mulheres em repouso estão associadas à FCMAX mais elevadas. Estudo 2 - foram avaliados 77 indivíduos (24 mulheres e 53 homens) de 18 a 50 anos. Após o teste máximo de Bruce, foi coletada a FC durante 300s após o fim do teste. Foi feita correlação da FCREC em valores absolutos, deltas e percentuais nos tempos 10, 20, 30, 40, 50, 60, 120, 180, 240 e 300 s com a FCMAX atingida no teste. O grupo também foi dividido em grupo e alta e baixa FCMAX pelo valor da mediana do grupo total. As diferenças entre as médias dos grupos foram testadas pelo teste ―t‖ de Student para grupos independentes (p<0,05). Observou-se que os valores absolutos de FCREC se correlacionam com a FCMAX, não sendo assim a melhor estratégia para classificação dessa recuperação. Os deltas de FCREC, na fase rápida (10 a 60 s), não mostraram correlação com a FCMAX. Já, na fase lenta (60 a 300 s), foi evidenciada correlação com a FCMAX. A utilização de valores percentuais da FCMAX se mostrou a única 9 estratégia em que em nenhum momento da FCREC apresentou correlação com a FCMAX. Construíram-se equações de regressão, uma para cada fase da FCREC, para indicar os valores médios de recuperação.