Educação na autogestão do diabetes em adultos com diabetes mellitus tipo 2: revisão sistemática dos efeitos na autogestão e controle glicêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batalha, Ana Paula Delgado Bomtempo lattes
Orientador(a): Britto, Raquel Rodrigues lattes
Banca de defesa: Felício, Diogo Carvalho lattes, Faria, Christina Danielli Coelho de Morais lattes, Garcia, Marco Antônio Cavalcanti lattes, Gomes, Danielle lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12276
Resumo: Introdução: Pacientes com Diabetes Melitus (DM) demandam altos custos relacionados aos seus cuidados, por isso, programas focados na mudança de comportamento de auto gestão então sendo implementados, pois estão relacionados com desfechos de doenças crônicas. Nesse sentido, os programas de educação dos pacientes com diabetes devem ser baseados no auto gerenciamento, autocuidado e auto eficácia do paciente a fim de melhorar a autogestão da doença. Objetivo: Identificar a evidência de intervenções para modificar o comportamento de pacientes com DM2 e o impacto na autogestão da doença e no controle glicêmico. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, reportada conforme o check list PRISMA. O protocolo desta revisão foi registrada na base de dados International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), CRD42020161162, e no banco de dados público online Open Science Framework, registro DOI 10.17605/OSF.IO/Z73U2. As bases de dados selecionadas foram: MEDLINE, EMBASE, CINAHL, Cochrane Library e LILACS, sem restrição de idioma. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados (ECR), que incluíssem pacientes com DM apenas do tipo 2 maiores de 18 anos, de ambos os sexos, independente de nível de HbA1c (hemoglobina glicada) e duração do diabetes. Foram considerados estudos com diferentes tipos de intervenção comportamental de auto gestão ministrada de forma ambulatorial, podendo incluir dieta, exercício, medicação ou controle da insulina, monitoramento da glicemia e participação em consultas clínicas. Quanto ao comparador apenas estudos que apresentassem grupo controle que não recebeu intervenções comportamentais. Os desfechos considerados por essa revisão foram: Auto gestão e suas competências (auto gerenciamento, auto cuidado e auto eficácia) e HbA1c. A avaliação de risco de vieses foi feita utilizando a ferramenta de avaliação de ECR da Cochrane e a avaliação da qualidade da evidencia foi baseada no sistema Grading of Recommendation, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). Resultados: Foram analisados 2615 artigos, por fim foram incluídos na análise 27 estudos. Dentre todos os estudos avaliados 12 deles apresentaram diferença significativa inter grupos para o desfecho auto gestão, enquanto que para o desfecho hemoglobina glicada apenas 5 estudos apresentaram uma diferença significativa inter grupos. O risco de viés foi considerado como alto na maior parte dos estudos e a qualidade da evidencia foi categorizada como muito baixa. Devido às diferentes abordagens metodológicas apresentadas nos estudos a meta-analise não pôde ser realizada. Conclusão: Algumas intervenções focadas na educação em auto gestão melhoraram a auto gestão e o controle glicêmico. Entretanto, o baixo número e a variedade de intervenções, o alto risco de viés e a baixa qualidade da evidência limitam a conclusão. Assim, novos estudos são necessários para verificar a evidência de intervenções na auto gestão da DM e controle glicêmico.