Fatores associados à adesão e uso de equipamentos de proteção individual entre profissionais vinculados a programas de residência na área da saúde no combate à pandemia de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Assis, Camila Cristina Gregório de lattes
Orientador(a): Coelho, Angélica da Conceição Oliveira lattes
Banca de defesa: Carbogim, Fábio da Costa lattes, Lanza, Fernanda Moura lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16270
Resumo: O objetivo foi analisar os fatores associados ao uso e adesão aos EPIs por profissionais pós graduandos vinculados a programas de residência na área da saúde no combate à pandemia da covid-19. Trata-se de estudo transversal, conduzido pelos guias STROBE e CHERRIES, realizado no Brasil, de agosto de 2020 a março de 2021, com profissionais vinculados aos Programas de Residência em Saúde. Utilizou-se, para a coleta de dados, o instrumento validado E.P.I. APS. que foi disponibilizado na plataforma gratuita KoboToolbox. Para a análise do uso de EPI, usou-se o intrumento E.P.I. APS adaptado para os residentes.A análise estatística foi realizada no Statistical Package for the Social Sciences. Considerou-se como uso adequado do EPI a totalidade de pontos alcançada em cada domínio do instrumento e, para estimar a adesão, foi realizado o cálculo individual por participante (número de domínios que apresentou uso adequado/número total de domínios respondidos x 100). O ponto de corte que serviu de base para representar a adesão ao uso de EPI foi ≥ 75%. Para análise de associação, utilizaram-se os testes Qui-Quadrado ou exato de Fisher, com significância adotada p≤0,05. Para análise das prevalências relacionadas ao uso adequado dos EPIs e os fatores idade, área de concentração, tempo de atuação e realização de atividades de capacitação, usou-se o Intervalo de Confiança de 95% (IC 95%). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora, sob o Parecer no 4.363.912 e financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo n. 401457/2020- 6). Participaram do estudo 227 residentes. Identificou-se o uso adequado: para gorro, 51,5%; avental/capote, 51,5%; e protetor facial/óculos em 49,1%. Houve associação entre a idade e os domínios máscara cirúrgica (p=0,04) e óculos/protetor facial (p=0,05). A área de concentração do programa de residência esteve associada ao uso adequado de gorro (p=0,01) e de máscara cirúrgica (p=(0,02). O tempo de atuação no programa não teve significância para nenhum domínio. As atividades de capacitação foi associada ao uso adequado de máscara N95 (p=≤0,001) e de máscara cirúrgica (p=0,02). A adesão ao uso adequado de EPI variou de 0 (21,1%) a 67% (3,5%). Conclui-se que a idade, área de concentração do programa e realização de atividades de capacitação estão associadas ao uso adequado de EPI. Destaca-se que nenhum residente apresentou adesão ao uso adequado de EPI ≥ 75%. Diante dessas evidências, recomenda-se fortalecer a temática de biossegurança em todos os programas de residência em saúde do Brasil, implementar capacitações sobre EPIs para as diferentes categorias profissionais, utilizar simulações clínicas sobre paramentação e desparamentação e organizar planos de ação para adesão aos EPIs e manejo dos mesmos. Além de reforçar o uso da precaução padrão, aerossóis e gotículas, estabelecimento de fluxo de identificação, avaliação dos fatores dificultadores para a adesão aos EPIs, bem como, manter atividades de capacitação periódicas e de acordo com a necessidade do momento vivenciado e realização de monitoramento, avaliação e reavaliação contínua das ações.