Caracterização química e avaliação das atividades antioxidante, anti-tumoral, anti-inflamatória e antimicrobiana dos extratos de folhas e flores de Eupatorium inulaefolium
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00336 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13701 |
Resumo: | Eupatorium inulaefolium (Kunth) R. M. King & H. Rob., popularmente conhecida como “cambará de bicho”, “cambará” ou “circuta galega” é uma espécie vegetal nativa e não endêmica do Brasil, tradicionalmente utilizada no tratamento de doenças de garganta, anemia, tuberculose e inflamações oculares. Apesar de seu uso popular, poucos estudos foram realizados para avaliar suas atividades biológicas bem como para confirmar seus constituintes. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar os potenciais antioxidante, anti-inflamatório e antimicrobiano in vitro e caracterizar quimicamente os extratos em hexano (EHFA, EHFR), em acetato de etila (EAFA, EAFR) e em metanol (EMFA, EMFR) das folhas e flores dessa espécie. A atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de Sequestro do Radical DPPH, Fosfomolibdênio e ensaio de Co-oxidação do Sistema β-caroteno/ácido linoleico. Culturas de células J774A.1 foram utilizadas para avaliar a citotoxicidade (teste de MTT) e a atividade anti-inflamatória (Reação de Griess). A atividade antimicrobiana foi investigada por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) através do método de microdiluição em caldo, utilizando diferentes cepas de fungos e bactérias. Também foi realizada uma avaliação quantitativa dessa atividade pelos parâmetros de atividade total, percentual de atividade e índice de susceptibilidade. Os teores de fenois e flavonoides foram determinados por métodos colorimétricos e/ou turbidimétrico. A caracterização química foi realizada com a cromatografia de fase gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM) e cromatografia líquida ultra eficiência acoplada ao espectrômetro de massas (UFLC-QTOF-MS). Os extratos EMFA e EMFR apresentaram Concentração Efetiva 50% (CI50) de 11,30 e 12,70 μg/mL, respectivamente, para o ensaio DPPH. No fosfomolibdênio, EMFA apresentou 134,23% em relação a rutina e 111,19% em relação a quercetina. No ensaio de cooxidação, EMFR apresentou porcentagem de Inibição da Peroxidação Lipídica (I%) 55,58%. Em relação a toxicidade, levando-se em conta os parâmetros da ISO10993- 5:2009, nenhum extrato foi considerado citotóxico nas concentrações testadas (entre 100 e 6,25 µg/mL) mas somente os extratos EAFA (100 µg/mL) e EAFR (todas as concentrações) apresentaram atividade anti-inflamatória considerável (redução significativa de NO). Apesar disso, uma promissora atividade antimicrobiana foi encontrada em todos os extratos. Em relação aos teores de fenóis e flavonoides totais os extratos EMFA e EMFR apresentaram 109,50 e 142,55 μg/mg e 93,04 e 102,88 μg/mg respectivamente. Nos extratos EHFA e EHFR foram isolados e identificados os triterpenos derivados de acetato de alfa e beta amirina e o acetato de taraxasterol. Enquanto, nos extratos EAFA, EAFR, EMFA e EMFR foram identificadas as seguintes substâncias 6-metoxikaempferol; tetrahidroxiflavona metoxilada; trihidroxitetrametoxiflavona; eupatorin e himenoxin. Diante do exposto, podemos sugerir que E. inulaefolium possui potencial para as atividades antioxidante, antifúngica e antiinflamatória. Entretanto, estudos mais aprofundados devem ser realizados para confirmar essas atividades bem como relaciona-las com os fitoconstituintes presentes na espécie. |