Congonhas (MG) e o espelho quebrado da representação: entre o progresso industrial e a internacionalização do patrimônio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Alexandre Augusto da lattes
Orientador(a): Olender, Marcos lattes
Banca de defesa: Christofoletti, Rodrigo lattes, Barbosa, Silvana Mota lattes, Botelho, Maria Leonor lattes, Castriota, Leonardo Barci lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00105
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16530
Resumo: O município de Congonhas, localizado na região central de Minas Gerais, além de ser um importante polo minerador, desde o período do Ciclo do Ouro, é reconhecido internacionalmente, pelo significativo legado artístico barroco-rococó atribuído ao mestre Aleijadinho, além da rica tradição religiosa com origem em 1757, que motivou a construção do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, Patrimônio Mundial da Unesco (1985). Em uma leitura ampliada destes elementos, a presente tese investiga as metamorfoses da cidade, sobretudo a partir dos anos 1970, época em que teria ocorrido a colisão de dois movimentos distintos: de um lado, o crescimento da atividade minero-metalúrgica representada pela expansão da CSN, a construção da Ferrovia do Aço e a instalação da Açominas; e de outro, a corrida ao reconhecimento internacional do patrimônio. A hipótese defendida é que o confronto destas divergentes visões de futuro, teriam desencadeado uma mudança na ordem temporal, ou uma crise nos tempos, inaugurando assim, um novo regime de historicidade, com profundas consequências à representação do município. A metodologia utilizada, baseia-se na análise documental de fontes oficiais, como Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, O Globo e Estado de Minas, e na abordagem da história oral, com os depoimentos de personagens-chave de fatos históricos dos últimos 50 anos na Cidade dos Profetas, em temas que atravessam a arte, a mineração e a religiosidade