Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Nocera, Thaís Trifilio
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Orientador(a): |
Cruz, Danielle Teles da
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Banca de defesa: |
Wenceslau, Leandro David
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Ferreira, Débora Carvalho
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Saúde da Família (Profsaude)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17981
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Resumo: |
A violência, por suas variadas formas de expressão e magnitude, apresenta-se como importante preocupação para a sociedade, tornando-se um problema de Saúde Pública. As equipes da Estratégia de Saúde da Família que trabalham em territórios caracterizados por alta vulnerabilidade social, atravessados por inúmeras expressões da questão social, tais como fome, desemprego, dificuldades e falta de acesso às Políticas Públicas, falta de infraestrutura urbana, tráfico de drogas, convivem, cotidianamente, com vários níveis e formas de violências. Sendo assim, o estudo teve como questão de pesquisa: qual a repercussão da violência sobre a saúde e o cotidiano dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) no município de Juiz de Fora, MG? Objetivou-se conhecer a percepção de Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde, que atuam em uma Unidade de Saúde da Família, em local geograficamente reconhecido nesse município como de maior índice de violência, acerca da repercussão que a violência exerce sobre suas rotinas e ações de cuidado, bem como descrever as consequências da violência na vida pessoal e na saúde desses profissionais. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, com dados obtidos a partir de entrevistas semiestruturadas com 15 Profissionais de Saúde, versando sobre perfil socioeconômico e familiar; trajetória de estudo e trabalho; território de trabalho e violência. O Diário de Campo foi utilizado para registro de impressões e informações adicionais ao longo da pesquisa de campo. Posteriormente, os dados foram analisados, obedecendo aos critérios da técnica de Análise de Conteúdo. O estudo possibilitou entender que a violência nos territórios é compreendida e vivenciada de modo distinto, entre o trabalhador que é morador da comunidade e entre o trabalhador não vinculado à comunidade assistencial. As situações de violência comprometem a realização de atividades em campo, na comunidade, no estabelecimento do vínculo entre o profissional e o usuário, além de afetar a assistência à saúde e de estar associada à insatisfação laboral, sendo elencada como fator de adoecimento no contexto do trabalho. Esperase que este estudo seja um disparador para elaboração de novas estratégias para o enfrentamento dos desdobramentos da violência nesses contextos com benefícios aos Profissionais da Área de Saúde e, consequentemente, aos usuários e ao Sistema Único de Saúde (SUS). |