Religio cordis: um estudo comparativo sobre a concepção de coração em Ibn ‘Arabī e João da Cruz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Carlos Frederico Barboza de lattes
Orientador(a): Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes
Banca de defesa: Ponde, Luiz Felipe de Cerqueira e Silva lattes, Lucchesi, Marco Americo lattes, Barbosa, Wilmar do Valle lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3361
Resumo: O objetivo desta tese é estabelecer uma comparação entre a concepção de coração presente nos escritos de Ibn ‘Arabī de Múrcia (1165-1240) e João da Cruz (1542-1591). Para isto, a mesma se divide em três partes, sendo a primeira centrada no pensamento de Ibn ‘Arabī sobre Deus, o cosmo em sua dinamicidade, o ser humano e seu processo de ascensão espiritual rumo à aniquilação e subsistência no Real. A segunda parte se centra no pensamento de João da Cruz, também procurando descrever sua concepção acerca de Deus, da natureza e do ser humano, assim como do processo espiritual com suas Noites e de seu clímax na unio mystica . Já a terceira parte é o cerne da tese e aborda especificamente como estes dois místicos compreendem o coração e seu papel na jornada espiritual. Assim, serão percorridos textos de ambos, que demonstram que o coração é concebido como centro da pessoa e da experiência mística. Ao mesmo tempo ele se constitui de maneira dinâmica e fluídica, capaz de assumir diversas formas no processo de acolhida do Real decorrente de seu polimento que lhe torna espelho por excelência das manifestações divinas. Centrados no evento cordial , Ibn ‘Arabī e João da Cruz desenvolverão uma cardio gnosis e, ao mesmo tempo, uma religio cordis . Sobressai a semelhança com que ambos tratam esta questão e a singularidade joãocruciana, que trabalha com algumas concepções quase que exclusivas da mística muçulmana.