Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Pablo Olímpio Vieira
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Orientador(a): |
Silveira Junior, Potiguara Mendes da
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Banca de defesa: |
Caravela, Gabriela Borges Martins
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Alonso, Aristídes Ledesma
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1706
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Resumo: |
“Quem é o eu que (se) comunica?” – Esta é a pergunta que norteia a presente proposta de contextualização e investigação a respeito das concepções sobre o humano na contemporaneidade, época de inúmeras transformações históricas e conceituais. Parte-se dos estudos da Comunicação, que apresentam um cenário descrito por diversos pesquisadores, segundo ideias como: redes (CASTELLS, 1999), ciberespaço e cibercultura (LÉVY, 2010), convergências (JENKINS, 2009), cultura da participação (SHIRKY, 2011), possibilidade de agência (MURRAY, 2003), ciborgue (HARAWAY, 2009), pós-modernidade e pós-humanismo (SANTAELLA, 2003), dentre outras. O interesse em percorrer estas ideias é o de indagar: O que podemos chamar de eu depois de Nietzsche, Freud, Lacan, Foucault, Deleuze e outros tantos pensadores? Como a definição de eu incide no entendimento do cenário de transformações mentais, sociais, culturais, econômicas, científicas, políticas e biológicas que se disseminam desde o final do século XX? Quais as implicações dessas questões nos estudos da Comunicação? A suposição de base é que essas transformações suscitaram outras concepções para entender os modos de ser e estar da espécie humana no aqui e agora, alterando o sentido do termo “eu” e de suas interseções teóricas (sujeito, subjetividade, indivíduo, ontologia). Suposição que toma corpo mediante a apresentação de duas perspectivas: uma, trazida pelo ferramental teórico-prático da psicanálise – na voz de pesquisadores como Freud, Lacan e Magno –, e outra, extraída da exemplaridade do ato poético de Fernando Pessoa. A primeira destaca conceitos como alienação, inconsciente, indiferenciação e “Pessoa” (conceito que esta pesquisa enfatiza). A segunda, aborda as ideias de (im)postura, potencialidade, experiência, genialidade desqualificada, não-lugar, (des)personalizações, eu-ninguém e abismo, ideias que contribuem para a proposta de, diante do tema proposto, pensar a contemporaneidade de Fernando Pessoa no que se refere às possibilidades comunicacionais hoje disponíveis. Busca-se com esta proposta um entendimento do eu para além das abordagens que o tratam segundo as ideias de multiplicidade ou flexibilização do self e da subjetividade, de patologias e mudanças de comportamentos atreladas aos dispositivos comunicacionais, de excessiva valorização da imagem e do imaginário ligada à exibição e à relação com o outro dependentes da lógica das redes tecnológicas. Trata-se, portanto, de explicitar algumas das indicações trazidas por Fernando Pessoa no início do século XX, e apresentar como estas indicações foram retomadas e retrabalhadas pela Nova Psicanálise (MD Magno) no sentido de acompanhar os modos de ser-e-estar (ou mal-estar, segundo Freud) da espécie humana e também de melhor entender a complexidade das ações, atos, manifestações e/ou fenômenos comunicacionais da atualidade. |