Estado-nação e governabilidade política na Guiné-Bissau: uma leitura decolonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ié, Raul lattes
Orientador(a): Paula, Christiane Jalles de lattes
Banca de defesa: Chaloub, Jorge Gomes de Souza lattes, Araújo, Gisele Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00144
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15214
Resumo: Este trabalho objetivou discutir o estado-nação na Guiné-Bissau. É difícil destacar um momento exato do nascimento de uma nação, contudo, podemos discutir as características próprias da pré-modernidade e da modernidade, que estão relacionadas com o Estado-nação. Elucidamos que a estrutura da atual política global está construída e representada nessa sociedade que está coerentemente estruturada, euro-américa, moderna, patriarcal, machista, cristã, capitalista, hegemônica, dominada pela estrutura de poder imperial que ainda exerce a influência nos países pós-colonizados. Tomando como ponto de partida a formação do Estado-nação da Guiné-Bissau, apresentamos o papel da fronteira, as questões étnicas, o problema da língua guineense, das forças armadas, da sociedade civil, as histórias, as memórias e os mitos constitutivos do Estado guineense. Destacamos a reforma da Constituição em 1993, que fez muitas mudanças no funcionamento das instituições, inclusive a introdução do sistema semipresidencialista. Mostramos que essa reforma foi o início de uma nova fase no estado-nação na Guiné-Bissau, com a instituição da democracia. Detemo-nos neste momento a fim de realçar as soluções, os desafios e os dilemas enfrentados na Guiné- Bissau. A dissertação destaca a presidência de José Mario Vaz (2014-2019), que foi o primeiro chefe do Estado eleito que concluiu o mandato, embora tenha sido marcada por crise política. A fim de entender as razões que permitiram o cumprimento do mandato presidencial, este trabalho analisou a atuação da CEDEAO na Guiné-Bissau, defendendo que essa instituição teve papel de mediação que foi fundamental na resolução da crise política.