Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gouveia, Ana Cláudia Carvalho
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Orientador(a): |
Ferreira, Ana Paula
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Banca de defesa: |
Pacífico, Lucila Grossi Gonçalves
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Mauro, Eliana Faquim de Lima
,
Pinheiro, Bruno do Valle
,
Macedo, Gilson Costa
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1561
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Resumo: |
A asma alérgica é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por uma resposta de hipersensibilidade imediata, obstrução brônquica, inflamação pulmonar e níveis elevados de IgE. A doença é mediada principalmente por uma resposta imunológica alérgeno-específica tipo Th2. Nas últimas décadas, a prevalência da asma alérgica tem aumentado significativamente, sobretudo nos países desenvolvidos. A Hipótese da Higiene atribui este aumento a uma menor exposição a determinados microrganismos durante a infância, quando o amadurecimento adequado do sistema imunológico requer estímulos que induzam respostas imunológicas de perfil Th1, fundamentais para o equilíbrio de respostas Th2 exacerbadas. Diversos trabalhos epidemiológicos parecem comprovar esta hipótese, evidenciando a existência de uma relação inversa entre o contato com microrganismos indutores de uma resposta Th1 e o desenvolvimento de asma alérgica. Paralelamente, estudos em modelos murinos constataram que o tratamento com Mycobacterium bovis BCG (BCG) reduz respostas Th2 alérgenoespecíficas. No entanto, os mecanismos pelos quais a micobactéria inibe o desenvolvimento da resposta alérgica são ainda pouco conhecidos. Este estudo avaliou o efeito da administração do BCG sobre a resposta imunológica ocorrida na alergia pulmonar em camundongos BALB/c previamente sensibilizados e desafiados com OVA. Vinte e quatro horas após o último desafio, o sangue e o lavado broncoalveolar foram coletados para análises de imunoglobulinas e contagem de células, respectivamente. Adicionalmente, os pulmões foram submetidos à análise histológica, avaliação da atividade de EPO e dosagens de citocinas e quimiocinas, assim como avaliação da expressão de CTLA-4, Foxp3 e IL-10 por citometria de fluxo. Os resultados obtidos indicam que o tratamento com BCG melhorou o processo alérgico através da redução dos principais parâmetros relacionados à resposta Th2, como o infiltrado eosinofílico pulmonar, a atividade de EPO, IL-4, IL-13, CCL11, além de IgE e IgG1 específicas anti-OVA. Por outro lado, a administração da micobactéria aumentou os níveis de IFN-γ, IL-10 e TGF-β, além das expressões de Foxp3 e CTLA-4 pelos linfócitos T CD4+. Paralelamente, houve um aumento na produção de IL-10 pelos linfócitos T CD8+. Esses dados sugerem que, além da indução de uma resposta imune Th1, a ação imunomoduladora do BCG está relacionada também à indução de mecanismos reguladores. |