Síndrome de compressão medular metastática em pacientes oncológicos: funcionalidade, sobrevida e fatores prognósticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Danielle Zacaron lattes
Orientador(a): Guerra, Maximiliano Ribeiro lattes
Banca de defesa: Bergmann, Anke lattes, Silva, Girlene Alves da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5491
Resumo: A síndrome de compressão medular metastática (SCMM) é uma urgência oncológica. A independência funcional é uma das maiores preocupações dos indivíduos que enfrentam o processo de morrer. O nível funcional é um dos itens do índice prognóstico de Tokuhashi (IPT) que é uma ferramenta utilizada para nortear o tipo de tratamento para a SCMM de acordo com a sobrevida. O objetivo deste estudo é avaliar a sobrevida, a funcionalidade e os seus fatores associados em pacientes com SCMM de uma unidade de referência oncológica na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O recrutamento dos casos foi através de busca ativa nas enfermarias das unidades hospitalares do serviço de referência em oncologia e/ou pesquisa no banco de dados dos atendimentos realizados pela equipe de fisioterapia, parte do sistema de prontuário e informação médica do serviço. Foi analisada a sobrevida de 163 pacientes e foi efetuada avaliação da capacidade funcional em até 48 horas após o diagnóstico da SCMM para 47 pacientes. A correlação entre ASIA e grau de dependência funcional foi calculada através do teste da correlação de Sperman. A diferença na pontuação da MIF de acordo com ASIA foi avaliada pelo teste de Kruskall-Wallis. As funções de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e o modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para avaliação prognóstica. A concordância entre o tempo de sobrevida observado e o estimado pelo IPT foi avaliada pelo coeficiente de Choen'sKappa. O tempo de sobrevida global foi de 4,54 meses (IC95%: 2,60-6,64). Os fatores prognósticos associados à sobrevida foram o estadiamento do câncer IV (HR:2,20; IC95%: 1,3-3,72) e III (HR:2,50; IC95%: 1,47-4,25), o atendimento de urgência (HR=1,7; IC95%: 1,18-2,26) e o KPS:80-100% (HR: 0,55; IC95%: 0,38-0,80) e 5070% (HR: 0,53; IC95%: 0,36-0,78). O valor preditivo positivo total do IPT foi de 55,8% e a concordância entre os tempos de sobrevida foi de 0,24 (p< 0,01). O grau de dependência funcional foi associado ao KPS, a ASIA, à capacidade de deambular, ao tempo de sobrevida e à cor da pele (p<0,05). Houve diferença na MIF (p= 0,04) e MIFmotor (p=0,01) segundo ASIA. A correlação entre MIF e ASIA foi de 0,35 (p<0,02) e entre esta e MIFmotor foi de 0,40 (p<0,01). O IPT pode auxiliar no manejo terapêutico da SCMM, considerando também o estadiamento o tipo do primeiro atendimento e o KPS apesar de necessária revisão dos seus parâmetros, além de auxiliar no planejamento da reabilitação. A MIF é apropriada para avaliar a funcionalidade na SCMM A reabilitação paliativa é indicada para esses pacientes e as estratégias devem estar aliadas ao prognóstico de sobrevida.