Imagem corporal, autocompaixão e autoestima em jovens universitários: um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Faria, Cristiany Seppe lattes
Orientador(a): Neves, Clara Mockdece lattes
Banca de defesa: Cavalcante, Ricardo Bezerra lattes, Dunker, Karin Louise Lenz lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
Departamento: ICV - Instituto de Ciências da Vida
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00323
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13685
Resumo: A população jovem adulta é uma das mais vulneráveis à insatisfação com o corpo. Nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar a eficácia e a eficiência de intervenções preventivas breves em autocompaixão e autoestima, baseadas em tarefas de escrita, no aumento da apreciação corporal em uma amostra de 94 jovens universitários de 18 a 35 anos de ambos os sexos. A pesquisa é caracterizada como um ensaio clínico randomizado. Foi desenvolvida em formato online devido ao distanciamento social necessário em momento de pandemia de COVID-19. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de intervenção escrita. Um grupo realizou atividades focadas no desenvolvimento de autocompaixão, um segundo grupo realizou atividades focadas na autoestima e um terceiro grupo realizou atividades neutras, tendo a função de grupo controle. Antes da intervenção, todos os participantes responderam a instrumentos de avaliação de autocompaixão, autoestima, apreciação corporal, apreciação da funcionalidade corporal, sintomas de ansiedade, depressão e transtornos mentais comuns. Imediatamente após a intervenção, os participantes responderam aos instrumentos uma segunda vez e, após duas semanas (followup), responderam aos instrumentos uma terceira vez. Foram analisadas possíveis correlações entre as variáveis estudadas, encontrando-se correlação significativa forte ou moderada para todas elas. Foi realizado também um modelo de regressão para a apreciação corporal, utilizando-se as medidas basais de toda a amostra de participantes (n = 230) do estudo, independente de participação ou não na intervenção, apontando-se a apreciação da funcionalidade corporal, a autoestima e a autocompaixão, respectivamente, como variáveis que explicam a variação da apreciação corporal em 69,0%. Avaliou-se então o efeito das intervenções sobre os participantes de acordo com o grupo de alocação, além do efeito do tempo e da interação grupo x tempo, através da ANOVA mista de medidas repetidas, encontrando-se apenas efeito do tempo sobre a autocompaixão, apreciação corporal, sintomas depressivos e transtornos mentais comuns. Conclui-se que as intervenções em autocompaixão e autoestima realizadas não se mostraram eficazes em promover o aumento da apreciação corporal, nem em promover mudanças significativas em quaisquer das demais variáveis. Não coube realizar análise de eficiência. Aponta-se a necessidade de adaptação transcultural de intervenções sensíveis culturalmente, além da possibilidade de desenvolvimento de intervenções próprias. Alude-se ao potencial de intervenções realizadas em formato online.