Imagem corporal, autocompaixão e autoestima em jovens universitários: um ensaio clínico randomizado
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
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Departamento: |
ICV - Instituto de Ciências da Vida
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00323 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13685 |
Resumo: | A população jovem adulta é uma das mais vulneráveis à insatisfação com o corpo. Nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar a eficácia e a eficiência de intervenções preventivas breves em autocompaixão e autoestima, baseadas em tarefas de escrita, no aumento da apreciação corporal em uma amostra de 94 jovens universitários de 18 a 35 anos de ambos os sexos. A pesquisa é caracterizada como um ensaio clínico randomizado. Foi desenvolvida em formato online devido ao distanciamento social necessário em momento de pandemia de COVID-19. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de intervenção escrita. Um grupo realizou atividades focadas no desenvolvimento de autocompaixão, um segundo grupo realizou atividades focadas na autoestima e um terceiro grupo realizou atividades neutras, tendo a função de grupo controle. Antes da intervenção, todos os participantes responderam a instrumentos de avaliação de autocompaixão, autoestima, apreciação corporal, apreciação da funcionalidade corporal, sintomas de ansiedade, depressão e transtornos mentais comuns. Imediatamente após a intervenção, os participantes responderam aos instrumentos uma segunda vez e, após duas semanas (followup), responderam aos instrumentos uma terceira vez. Foram analisadas possíveis correlações entre as variáveis estudadas, encontrando-se correlação significativa forte ou moderada para todas elas. Foi realizado também um modelo de regressão para a apreciação corporal, utilizando-se as medidas basais de toda a amostra de participantes (n = 230) do estudo, independente de participação ou não na intervenção, apontando-se a apreciação da funcionalidade corporal, a autoestima e a autocompaixão, respectivamente, como variáveis que explicam a variação da apreciação corporal em 69,0%. Avaliou-se então o efeito das intervenções sobre os participantes de acordo com o grupo de alocação, além do efeito do tempo e da interação grupo x tempo, através da ANOVA mista de medidas repetidas, encontrando-se apenas efeito do tempo sobre a autocompaixão, apreciação corporal, sintomas depressivos e transtornos mentais comuns. Conclui-se que as intervenções em autocompaixão e autoestima realizadas não se mostraram eficazes em promover o aumento da apreciação corporal, nem em promover mudanças significativas em quaisquer das demais variáveis. Não coube realizar análise de eficiência. Aponta-se a necessidade de adaptação transcultural de intervenções sensíveis culturalmente, além da possibilidade de desenvolvimento de intervenções próprias. Alude-se ao potencial de intervenções realizadas em formato online. |