Murilo Mendes por Flávio de Carvalho: relações intelectuais através de retratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Caetano, Renata Oliveira lattes
Orientador(a): Brandão, Ângela lattes
Banca de defesa: Christo, Maraliz de Castro Vieira lattes, Moreira Leite, Rui lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1939
Resumo: A proposta de estudo dos dois retratos de Murilo Mendes feitos por Flávio de Carvalho demonstrou-se desde o início uma tarefa bem mais ampla do que a de contar a história de duas obras de arte, simplesmente. O desenho “Cabeça do Poeta Murilo Mendes” e a pintura “Retrato de Murilo Mendes”, ambos de 1951, compõem uma intrincada rede de relações, repleta de amizades e trocas intelectuais, que no final resultaram em vários objetos que podem ser caracterizados em livros, pinturas, desenhos, poemas, cartas e etc. Portanto, verificou-se que a dissertação teria que avançar de uma abordagem de caráter analítico, restrito à observação formal dos retratos, para o rastreamento e confronto de dados que pudessem compor o entorno das obras, ampliando assim suas possibilidades de leitura. Nesse sentido, foi crucial o estabelecimento de alguns pontos importantes, como: conhecer dados biográficos de artista e poeta, colocando em evidência fatos que colaboraram para com a compreensão das obras; compreender o percurso museográfico da pintura e do desenho até chegar aos acervos da qual fazem parte atualmente; refletir sobre os mecanismos da representação, pensando posteriormente a criação de imagem de intelectuais; perceber a importância do gênero retrato para Flávio de Carvalho; observar como Murilo Mendes, em seu exercício de convivência com a arte, construiu uma galeria de leituras de sua imagem feitas por diversos artistas; problematizar a autonomia do desenho perante a pintura, observando-a principalmente até meados do século XX e pontuar a relação estabelecida com o desenho pelo artista em suas obras e pelo poeta em sua coleção. Todas essas frentes de trabalho compõem distintas faces para a análise e compreensão de um importante prisma: as leituras que Flávio de Carvalho fez de Murilo Mendes.