Autocuidado, crenças, qualidade de vida e funcionalidade: proposta de educação em saúde para mulheres sobreviventes ao câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Simone Meira lattes
Orientador(a): Santos, Fabiane Rossi dos lattes
Banca de defesa: Lourenço, Lelio Moura lattes, Arantes Júnior, João Carlos lattes, Peres, Rodrigo Sanches lattes, Andrade, Alana Augusta Concesso de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00135
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16640
Resumo: O câncer de mama e seus tratamentos podem causar complicações físicas, emocionais e sociais, acarretando prejuízo na funcionalidade, com a limitação de atividades de autocuidado (AC). Isso pode gerar um sentimento de incapacidade e distúrbios emocionais que afeta a qualidade de vida. Neste trabalho, o Modelo de Crenças em Saúde foi utilizado para auxiliar na compreensão das crenças e comportamentos acerca dos cuidados com a saúde e adesão aos tratamentos. Foram realizados dois estudos com objetivos diferentes, que se complementam, para investigar diferentes facetas do objeto de estudo, a saber, identificar as crenças de mulheres com câncer de mama em quimioterapia que envolvem o adoecimento, os tratamentos e as ações de AC, constatando as possíveis barreiras e os benefícios percebidos para os cuidados com a saúde, tanto a nível individual como em um grupo de educação em saúde. Os dois estudos se caracterizam pela abordagem qualitativa. O Estudo I teve um desenho transversal, com uma entrevista individual semiestruturada com 40 mulheres. O Estudo II teve um desenho longitudinal, com seis reuniões virtuais no formato de grupo operativo como intervenção de educação em saúde para o autocuidado, com participação de quatro mulheres. As entrevistas e reuniões foram gravadas e transcritas. Em ambos estudos, utilizou-se a Análise de Conteúdo de Bardin. O Estudo I resultou em cinco artigos que abordam desde a descoberta da doença à rede de apoio e à identificação das crenças relativas ao câncer e aos tratamentos, observando barreiras e benefícios quanto ao AC. O Estudo II abordou a visão das mulheres quanto aos tratamentos e ao impacto dos efeitos colaterais, percebidos como barreiras. Os relatos evidenciaram as ações de saúde e tarefas para incentivar o AC. Identificou-se a percepção dos benefícios de comportamentos saudáveis e de cuidados específicos. A intervenção grupal de educação em saúde colaborou para a motivação para enfrentamento das reações dos tratamentos e adesão ao AC. Conclui-se que diferentes fatores ressoam na percepção das mulheres quanto ao diagnóstico da doença e ao impacto dos tratamentos. A educação em saúde se mostrou um método de aplicação simples para o conhecimento das crenças e o compartilhamento de informações sobre os benefícios de hábitos de saúde positivos, colaborando para a adesão às terapêuticas e ações de AC. Este processo é válido para capacitar e instrumentalizar a equipe de saúde para implementar intervenções mais eficazes, com vistas à uma assistência mais integral às mulheres em tratamento para o câncer de mama. O conhecimento desses fatores pode auxiliar os profissionais de saúde na assistência às mulheres para melhor enfrentamento da doença e do impacto dos tratamentos para o câncer mamário.